VIDA

Casado
e com quatro filhos, a personalidade de Strawson facilmente se destacava, em
virtude da sua admirável sagacidade, do seu porte elegante e educado, bem como pela
sua paixão pela literatura, em
geral, e pela poesia, em particular.
Os
estudos de Strawson abordaram extensivamente a filosofia da linguagem (incluída
na filosofia analítica), a metafísica, a epistemologia e até a história da
filosofia.
Ao longo da sua vida, foi acumulando
diversas condecorações, como o prestigiado Prémio John Locke, em Oxford; uma
nomeação do University College de Oxford; e, inclusive, um título de cavaleiro atribuído
pela Academia Britânica, em 1977. Estas e outras distinções consagraram o nome
de Peter Strawson como um dos
salientes e mais discutidos filósofos a nível mundial.
Strawson permaneceu
filosoficamente ativo até a data da sua
morte, a qual teve lugar em Oxford, no
dia 13 de fevereiro de 2006. Os seus escritos foram comentados e
analisados pelos mais relevantes filósofos do mundo, entre os quais Russell,
Sellars, Putnam, Quine, Davidson ou Kripke.
CURIOSIDADES |
è Strawson recitava
frequentemente poesia, e também era autor de poemas?
è Strawson considerava que os argumentos
céticos não persuadem ninguém e que, por isso, as dúvidas céticas, em filosofia, não são dúvidas a sério, o que gerou uma polémica reviravolta no contexto da epistemologia?
è Strawson se esforçou por dissolver o problema do livre-arbítrio? No seu entender, não existia conflito
algum entre o determinismo e a imputabilidade. Ele argumentava que as
nossas "atitudes reativas" em relação aos comportamentos dos outros
(gratidão, raiva, simpatia, ressentimento, …) são naturais…
è Strawson
tentou dissolver também o dualismo mente-corpo? Ele argumentava que, quando nos
referimos a uma pessoa, não nos restringimos somente à sua consciência, ou ao
seu corpo física; referimo-nos sempre à sua totalidade[1].
è Segundo a teoria da ilusão da posse de
experiência, formulada por Strawson, nós
nunca nos referimos plenamente a nós mesmos1, mesmo quando
utilizamos a primeira pessoa (do singular/plural)? Por exemplo:
[1] Na proposição «Eu tenho dor de cabeça», o pronome «eu» pode ser omitido; neste caso, a frase ficaria assim: «Existe dor de cabeça». Já na proposição «Eu tenho uma cabeça que dói», o pronome «eu» pode ser substituído por «este corpo». Assim, Strawson percebeu que o «eu» pode ser atribuído a diversos predicados, tanto no plano físico, como no plano mental.
[1] Na proposição «Eu tenho dor de cabeça», o pronome «eu» pode ser omitido; neste caso, a frase ficaria assim: «Existe dor de cabeça». Já na proposição «Eu tenho uma cabeça que dói», o pronome «eu» pode ser substituído por «este corpo». Assim, Strawson percebeu que o «eu» pode ser atribuído a diversos predicados, tanto no plano físico, como no plano mental.
SUGESTÕES DE LEITURA [da autoria do filósofo]


MORTIMER JEROME ADLER
Bi - BlOGRÁFICO
Nacionalidade:
americano
Religião: judeu (em 2000, converteu-se para o catolicismo - foi
batizado)
Primeiros
trabalhos: secretário/contínuo
no jornal New York Sun
Ocupação profissional: filósofo; escritor: enciclopedista
Escritos: é autor de mais de cinquenta
livros
Obras mais influentes: Como
Ler um Livro (1940); How to Think
About Guerra e Paz (1944)
BI - FILOSÓFICO
Formação: estudou
Filosofia em Columbia, onde recebeu uma bolsa de estudos
Principais Ideias:



Métodos de
ensino:



Contributo: reforma
da educação; reintrodução dos clássicos como objeto de estudo na graduação
[Edição reescrita e atualizada pelo intelectual Charles Van Doren]
«O melhor e mais bem-sucedido guia
de compreensão de leitura para o leitor comum»
Publicado originalmente em 1940, o livro rapidamente se tornou um fenómeno
raro, um verdadeiro clássico vivo. Abordando os vários
níveis de leitura - quer de ficção, poesia, história, matemática, ciências,
filosofia - e mostrando como atingi-los, esta obra é fundamental para se saber
ler um livro - e criticá-lo. O livro inclui ainda sugestões e testes de leitura
que avaliam o nível de compreensão e velocidade de leitura. Nunca mais vais ler um livro da mesma man
Célia Jordão
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