sexta-feira, 31 de março de 2023

Deambulando - 12.ºB 1

Deambulando




Vagueando sem rumo pela Corredoura

Avisto uma senhora,

Pobre coitada atrás dum cão,


Muito provavelmente irá dar-lhe um sermão!

 

Consigo sentir um cheiro no ar,

Deve ser a minha vizinha, a fazer um bolo!

Já não consigo esperar,

De lá, já não tiro o olho.

 

Apesar desta minha concentração,

Distraio-me com o maldito do bicho,

Atrás vem a dona, com um pau na mão,

Preparada para lhe bater, por puro capricho.

 

Depois deste pequeno acontecimento,

Vem o meu pai para me chatear,

Porque diz que vou ter de o ajudar

Mesmo vendo que estou ocupado, de momento.

 

Eu estou a ajudar, da melhor maneira que consigo,

A pequena tarefa de agarrar na lanterna, foi-me atribuída.

Ainda assim, consegue reclamar, e mostrar o umbigo

E dizer que a minha mente deve estar obstruída!

 

Com o trabalho finalizado

Dirijo-me para a cozinha

Apesar de um pouco chateado

Acalmo-me com a minha mãe a acariciar a minha carinha

 

Afonso David, N.º 1, 12.ºB


quarta-feira, 22 de março de 2023

Deambulando - 12.ºA 1

 Sentinela


Entra-me o verde, ora suave, ora intenso, de manhã pela janela.

Deixo que a brisa pouse em mim enquanto observo o pássaro de sentinela.

Quando, enfim, me recolho, inunda-se a casa de luz e harmonia,

Completa-se o ar com sapiência, virtude e alegria.

 

Estarei então solenemente pronta para começar o dia,

Para sair daquele castelo-casulo da Mãe-Natureza,

Para me sentir absorvida pelo corre-corre que nos guia?

Na cidade, esperam-me os bêbedos matutinos com a sua aspereza,

 

As mulheres a braços com a vida e as contas, com os filhos e os trabalhos,

Absortas entre os apitos e as buzinas, os olhares vagos e os enxovalhos.

Cruzo-me com o cinzento, a bruma de chumbo, a água podre do rio que secou,

Vejo pouco quando tudo me prometeram mas pouco ou nada restou.

 

Ainda cedo, caminho na escola, decidida e com agrado.

Deambulo entre rostos que, como eu, têm o futuro hipotecado!

Dança-me o medo e a incerteza no corpo durante o resto do dia.

Rendo-me à voracidade das horas que me sorvem com ousadia.

 

Sacio então a fome, sentada num banco do jardim.

Chega-me o cheiro reconfortante de uma refeição caseira

que me transporta para casa, ninho, colo, abraço sem fim,

para um mundo onde a felicidade é certeira.

 

Ai! A brisa fria obriga-me a regressar à lúgubre realidade.

É chegada a hora de me render ao negrume que se adensa.

Vislumbro a casa daqueles que juraram castidade

E, em bom rigor, tão depressa a deixaram suspensa.

 

Regresso extenuada, esvaída de esperança.

No horizonte, perfila-se um diabólico rasto vermelho ao fim do dia,

Abandonaram-me a força, o viço, o fulgor e a segurança.

Sou agora um resto de mim, sombra negra, noite fria.

 

Dobro-me sobre mim, aguardo impaciente

por uma salvação deste vórtice que me continua a mortificar,

e me remete para uma morte iminente

porque só assim encontrarei repouso e ânimo para aqui continuar.

Adriana Pereira, N.º 1, 12ºA                       

terça-feira, 21 de março de 2023

Tardes cheias de saúde

 

Nos dias 1 e 8 de março os alunos do Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde foram visitar a Unidade de Cuidados Continuados (UCC) nas Brancas e o Centro Hospitalar de Santo André em Leiria, no âmbito das disciplinas de HSCG e GOSCS.

      Na UCC fomos gentilmente recebidos pela Diretora Técnica da UCC – Enfermeira Graça, que fez uma pequena introdução sobre as instalações e a história da instituição.

Divididos em dois grupos e rotativamente, fomos guiados pela enfermeira que nos levou a percorrer as várias valências da UCC, mostrou-nos a sala de fisioterapia, a área de higienização e esterilização dos materiais, bem como, a sala de preparação da medicação dos utentes, entre outras.


    Levou-nos à ala de internamento, na qual observámos as condições a que os utentes estão sujeitos. Nesta área, tivemos a oportunidade de cumprimentar os utentes na sala de convívio que estavam a realizarem diversas atividades.

     Nestes locais, pudemos observar os equipamentos ao serviço dos profissionais de saúde, bem como as técnicas utilizadas na prestação de cuidados de saúde.

     No Centro Hospitalar de Santo André fomos cordialmente recebidos pela equipa do Gabinete da Comunicação e no auditório houve uma conversa inicial sobre o Centro e foi mostrado o vídeo institucional. Posteriormente, formaram-se três grupos e de forma rotativa fizeram-se três circuitos  guiados por três simpáticos Técnicos Profissionais, que nos levaram a percorrer as diferentes unidades do hospital.


    No hospital de Dia, realizamos a visita a um Serviço de Cuidados aos Utentes, mais concretamente ao Serviço de Pneumologia, onde as enfermeiras presentes no serviço nos explicaram quais as situações clínicas que ali são atendidas e alguns procedimentos e técnicas realizadas. Também, observamos o Laboratório do Sono onde o paciente dorme, sendo avaliado o maior número de parâmetros para o diagnóstico das doenças relacionadas com o sono.

    Posteriormente, um Técnico Superior acompanhou-nos ao Circuito dos resíduos, onde tivemos a oportunidades de reconhecer a importância do tratamento de resíduos e as normas e procedimentos associados a cada tipo de tratamento, bem como, consciencializar para a importância da prevenção de doenças profissionais e acidentes de trabalho.

    Por fim, o Técnico responsável encaminhou-nos para o Circuito da Logística/Armazém Central, onde nos foi explicado o processo de armazenamento e controlo de stocks de todo o material de consumo e consignado, nomeadamente, clínico (tem armazém próprio), hoteleiro, administrativo e de manutenção e conservação.  Nesta área, fomos sensibilizados para importância de efetuar uma gestão de stocks rigorosa e eficiente, quer ao nível do armazém central, quer na distribuição nos serviços dos hospitais de Alcobaça e Pombal.

  
 Nestas atividades em contexto empresarial, houve ainda tempo para que colocássemos algumas perguntas.
Neste sentido, conversamos com a enfermeira e a responsável Assistente Operacional acerca das funções do Técnico Auxiliar de Saúde na UCC e no Centro Hospitalar e na possibilidade de realização de estágio no âmbito da Formação em Contexto de Trabalho.

Gostaríamos de agradecer a disponibilidade manifestada por estas instituições na visita às suas instalações.

                                                                       Prof. Natália Estêvão

Semana Ubuntu da Empatia



De 13 a 17 de fevereiro, decorreu a Semana Ubuntu da Empatia. Durante a mesma, nós, o 9.ºC, tivemos dois dias com atividades semelhantes… mas não repetidas! Assim, num primeiro momento, na aula de FIA, na terça-feira, vimos o vídeo do conto Ubuntu «Lagartixas», a partir do qual partilhamos pontos de vista e realizamos um teatro com fantoches, para nos ajudar a tirar algumas conclusões sobre o mesmo. Já no segundo dia, na quinta-feira, dia 16, repetimos as mesmas atividades, mas com a companhia da turma do 7.ºE.

Esta Semana Ubuntu da Empatia afetou-nos de maneira muito positiva, pois fez-nos ver, a partir de um conto Ubuntu, que problemas pequenos se podem transformar em grandes problemas, portanto, ao vermos um obstáculo, devemos tentar ajudar, por mais pequeno que nos pareça, para que este não se torne maior. Também a representação de uma peça com fantoches (original especialmente criado para esta ocasião), nos ajudou a retirar o maior número de lições e aprendizagens, pois este conto muito nos faz pensar…

No segundo dia, com o 7.ºE, repetimos estas dinâmicas, mas, ao vermos o vídeo novamente, a nossa opinião mudou, pois vimos o vídeo de maneira diferente, com «olhos Ubuntu»… Provavelmente, isso fez-nos perceber ainda melhor o conto e o que ele quer transmitir… Não sabemos se foi isso, se por estarmos num grupo mais alargado ou por qualquer outra razão, mas a verdade é que foi uma sensação diferente, para melhor, e, quanto ao teatro de fantoches, a representação com a participação da outra turma tornou-se mais divertida e sensibilizou-nos para a importância de colaborar e ajudar os outros em algo que já sabemos fazer.

O único aspeto negativo foi o facto de o conto «Lagartixas» ter sido contado noutra língua, com legendas muito rápidas, o que fez com que, no primeiro dia, não o entendêssemos tão profundamente e nos tivessem escapado alguns dos seus aspetos mais divertidos e engraçados. Acreditamos que, provavelmente, os nossos colegas de sétimo ano gostariam de voltar a ver o vídeo, para não perderem detalhes que, por vezes, se revestem de grande importância…

Portanto, para eles e para todos os leitores que queiram conhecer a história «Lagartixas», poderão pesquisar o vídeo na Internet ou ler este conto no livro Contos Ubuntu, de François Vallaeys, que pode ser requisitado na Biblioteca Escolar.

Foi uma boa experiência, que nos comprovou que uma pequena experiência pode ser uma grande vivência!

Cristóvão Monteiro e Diogo Jordão 9.º C





Dia Mundial da Árvore ou da Floresta

   

   O Dia Mundial da Árvore ou da Floresta celebra-se anualmente no dia 21 de março. Em Portugal, a 1.ª Festa da Árvore celebrou-se a 9 de março de 1913 e o 1.º Dia Mundial da Floresta a 21 de março de 1972.

   O objetivo da comemoração do Dia Mundial da Árvore é sensibilizar a população para a importância da preservação das árvores/florestas. Estima-se que 30% da superfície terrestre esteja coberta por florestas, onde se realiza a fotossíntese (produção de oxigénio a partir de dióxido de carbono). As florestas, juntamente com as algas marinhas, são apelidadas como «pulmões do planeta», não apenas pela sua função de manutenção e renovação dos ecossistemas, como também pela sua importância em áreas estratégicas, como a economia e a produção de bens e alimentos.




   Na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, um grupo de alunos da turma 8.º G, no âmbito do tema «Educação Ambiental», fez o levantamento de algumas das espécies (pinheiros, oliveiras, azinheiras) existentes nos espaços verdes da Escola Secundária de Porto de Mós.




    E hoje é o dia de celebrar a floresta e colocar as placas identificativas em algumas das árvores que embelezam a nossa Escola, pois, como diz Carlos Paião numa das suas músicas, «uma árvore é um amigo que devemos bem tratar!»


Turma 8.º G | Prof. Lisete Costa


terça-feira, 7 de março de 2023

No Mundo das Células

 


No âmbito da disciplina de Ciências Naturais, a professora Ana Margarida Lourenço propôs às turmas C e D do 8º ano a realização de maquetes de células procarióticas e eucarióticas (animais ou vegetais). 

De acordo com a teoria celular, a célula é a unidade básica de vida e todos os seres vivos são constituídos por uma ou mais.

Existem células eucarióticas e procarióticas.

 As primeiras são simples e de reduzidas dimensões, não possuem organelos membranares, o material genético está espalhado numa região do citoplasma, designada nucleoide; as segundas são muito complexas e de maiores dimensões, possuem organelos membranares e núcleo.

Estas “obras” encontram-se expostas no pavilhão 2 desde o passado dia 17 de fevereiro.

Carolina, Constança, Laura, Margarida e Tatiana 8ºC