terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Ida ao teatro ver “ A farsa de Inês Pereira “

A obra vicentina foi retomada pela companhia teatral “A Barraca”, nomeadamente a peça de teatro “A Farsa de Inês Pereira”. No dia 31/01/2017 um grupo de alunos do 10º ano de várias turmas, incluindo eu, foram ver essa peça de teatro.

Esta foi uma das turmas -10ºCPMMSAU
Durante uma hora e meia de teatro vicentino, no auditório “A Barraca” em Lisboa, foi representado um belo espetáculo. Vivenciar o Teatro de Gil Vicente é sempre uma experiência muito agradável, engraçada, mas também conduz à reflexão, pois o teatro de Gil Vicente tem sempre duras criticas à sociedade da época, mas também é criticada a sociedade atual, pois não houve assim tantas modificações em termos de pensamento. Um dos lemas da Obra Vicentina é “Ridendo castigat mores”, a rir se criticam os costumes e esta obra foi um belo exemplo disso. “A Farsa de Inês Pereira”, considerada uma das melhores peças de teatro de Gil Vicente e para alguns a melhor, é sem duvida uma peça de teatro excelente.
A peça de teatro em si tem uma história interessante, mas os atores também ajudaram. Foi uma peça teatral muito bem dramatizada, a encenadora desta peça foi Maria do Céu Guerra, houve uma fantástica interação com o público e sempre com comicidade. Inês era uma jovem que queria casar, porque estava farta de estar sempre em casa e presa, mas casou com o homem errado, um Escudeiro, que sabia ler, escrever, tocar viola, falava muito bem, o suposto homem ideal, mas que exercia violência doméstica sobre Inês. Inês vivia angustiada, muito pior do que quando estava solteira, mas, entretanto, o seu marido foi à guerra, desertou e foi morto por um pastor (belo cobarde!). O medo de Inês passara e ela estava livre, acordou para a realidade e casou com o homem que realmente gostava dela, um homem rico, camponês, que não sabia falar, muito saloio, mas que gostava dela mais do que tudo.
Esta experiência foi espetacular, importante para a compreensão do Teatro de um dos “grandes portugueses”. É realmente diferente ler um texto dramático e vê-lo ser dramatizado. É muito melhor ver a dramatização! Aconselho vivamente a assistência desta peça teatral, uma experiência a não perder!

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