Se nos podemos orgulhar das datas históricas,
25 de abril é, sem dúvida, um grande marco, realçando a vertente pacífica da revolução que, tudo levava a crer, podia transformar-se num “banho de
sangue”.
Na madrugada de 25 de abril, os militares do MFA
(Movimento das Forças Armadas) ocuparam os estúdios do Rádio Clube Português com
a intenção de transmitir os objetivos desta revolução, tocando músicas, até
então, proibidas pela ditadura, como Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso.
Das figuras desse dia destacamos o capitão
Salgueiro Maia, que marchou até Lisboa, com a sua coluna militar, que incluía tanques, e
cercou o quartel da GNR do Carmo, onde se tinha refugiado Marcello Caetano, o
sucessor de Salazar, à frente da ditadura, que acabou por se render.
Um dos traços marcantes desta revolução foi a
forma como o povo se uniu aos militares neste grandioso dia, tão grande era número de pessoas que vieram para a rua festejar, num aplauso e agradecimento constantes e contínuos aos militares que, o
que era inicialmente um golpe de Estado, se transformou numa revolução.
Não admira que, no desenrolar dos
acontecimentos, uma vendedora de flores tenha começado a distribuir cravos pelos
soldados, que os colocaram nos canos das espingardas. Desde então esta marca
ficou, para sempre, associada à Revolução de abril ,ou Revolução dos Cravos, que trouxe
a liberdade a Portugal, entregando o poder ao general Spínola.
Um ano depois, a 25 de abril de 1975, os
portugueses votaram pela primeira vez em liberdade.
Viva ao 25 de abril !!!!!!!!!!
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