Começámos a nossa viagem no
dia 6 de junho com a bênção de S. Pedro, nosso padroeiro e terminámo-la na
companhia dos três santos populares. Assim, quando chegámos ao Aliança Underground Museum já não
chovia. Este espaço expositivo desenvolve-se
ao longo das tradicionais caves da Aliança e contém oito coleções distintas de
áreas como a arqueologia (património da humanidade), etnografia, mineralogia,
paleontologia, azulejaria e cerâmica, abrangendo uma impressionante extensão
temporal com muitos milhões de anos. É o primeiro museu subterrâneo que combina
arte com vinho, em que caminhamos por túneis perfumados pelos espumantes e
aguardentes.
Quando chegamos às
grandes pipas de aguardente percebemos que os anjos têm direito à “Cota dos
Anjos”- a parte da bebida que fica impregnada na madeira das mesmas. Sabemos
então que têm um céu de alegria e boa disposição. Terminamos passeando-nos em
corredores de lindas azulejarias e louça das Caldas, mas das de Rafael Bordallo
Pinheiro.
O
almoço foi admirando o espelho de água da maior lagoa da Peninsula Ibérica, a
Pateira de Fermentelos. De barriga cheia caminhámos em direção a Santa Maria da
Feira e ao “Museu de Santa Maria de Lamas”, conhecido como Museu da Cortiça, porque
construído às custas dos magnatas dessa indústria. Embora a cortiça tenha aí
uma parte importante é a talha dourada a rainha, assim como uma Senhora do Ó (do
século XIII), da Expectação (expectativa da Virgem Maria por ver o
Filho Bendito), Senhora do Leite ou da
Esperança, com uma “leve e macia” cópia em cortiça. Esculturas
em Cortiça/aglomerado de Cortiça e muita Arqueologia industrial - maquinaria
usada nos primórdios desta Industria transformadora. Um espaço socialmente
ativo, cultural e pedagogicamente relevante, pela evocação de histórias e
estórias, contribuindo dessa forma para aprofundar e divulgar o conhecimento do
património português numa douta apresentação de uma professora de
geografia. Finalmente trabalhou-se com dois tipos de cortiça prensada para
criar os três santos populares numa bela sardinha e ficámos a saber que se usam
pedaços de pneu de automóvel para fazer este composto de cortiça.
Acabámos
a visita no castelo de Santa Maria da Feira, que ao longe parecia pequenino,
com torres que lembram as nossas mas não tão lindas. Porém, esticámos as pernas
e verificámos que é bem mais imponente do que parece.
Em
agradecimento a Santa Maria da Feira terminou-se a visita com um gelado de MAC para confortar a viagem de volta.
Clube Europeu da ESPM
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