segunda-feira, 25 de junho de 2018

Experiências do Clube Europeu



Começámos a nossa viagem no dia 6 de junho com a bênção de S. Pedro, nosso padroeiro e terminámo-la na companhia dos três santos populares. Assim, quando chegámos ao Aliança Underground Museum já não chovia.  Este espaço expositivo desenvolve-se ao longo das tradicionais caves da Aliança e contém oito coleções distintas de áreas como a arqueologia (património da humanidade), etnografia, mineralogia, paleontologia, azulejaria e cerâmica, abrangendo uma impressionante extensão temporal com muitos milhões de anos. É o primeiro museu subterrâneo que combina arte com vinho, em que caminhamos por túneis perfumados pelos espumantes e aguardentes. 


Quando chegamos às grandes pipas de aguardente percebemos que os anjos têm direito à “Cota dos Anjos”- a parte da bebida que fica impregnada na madeira das mesmas. Sabemos então que têm um céu de alegria e boa disposição. Terminamos passeando-nos em corredores de lindas azulejarias e louça das Caldas, mas das de Rafael Bordallo Pinheiro.

          O almoço foi admirando o espelho de água da maior lagoa da Peninsula Ibérica, a Pateira de Fermentelos. De barriga cheia caminhámos em direção a Santa Maria da Feira e ao “Museu de Santa Maria de Lamas”, conhecido como Museu da Cortiça, porque construído às custas dos magnatas dessa indústria. Embora a cortiça tenha aí uma parte importante é a talha dourada a rainha, assim como uma Senhora do Ó (do século XIII), da Expectação (expectativa da Virgem Maria por ver o Filho Bendito), Senhora do Leite ou da Esperança, com uma “leve e macia” cópia em cortiça. Esculturas em Cortiça/aglomerado de Cortiça e muita Arqueologia industrial - maquinaria usada nos primórdios desta Industria transformadora. Um espaço socialmente ativo, cultural e pedagogicamente relevante, pela evocação de histórias e estórias, contribuindo dessa forma para aprofundar e divulgar o conhecimento do património português numa douta apresentação de uma professora de geografia. Finalmente trabalhou-se com dois tipos de cortiça prensada para criar os três santos populares numa bela sardinha e ficámos a saber que se usam pedaços de pneu de automóvel para fazer este composto de cortiça.

          Acabámos a visita no castelo de Santa Maria da Feira, que ao longe parecia pequenino, com torres que lembram as nossas mas não tão lindas. Porém, esticámos as pernas e verificámos que é bem mais imponente do que parece.



          Em agradecimento a Santa Maria da Feira terminou-se a visita com  um gelado de MAC para confortar a viagem de volta.

Clube Europeu da ESPM

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