segunda-feira, 25 de maio de 2020
24 maio - Dia Europeu dos Parques Naturais
O Dia Europeu dos Parques Naturais resulta de
uma iniciativa criada em 1999 pela Federação EUROPARC. A data assinala o dia em
que foi fundado o primeiro Parque Nacional da Europa, na Suécia, em 1909.
Um parque natural é uma área protegida por lei
com paisagens naturais, seminaturais e humanizadas, de interesse nacional. O
objetivo do parque natural é conservar a fauna e flora existente para as
gerações vindouras. São áreas ao ar livre que, pelas suas especificidades no
que diz respeito à biologia, são protegidas de forma especial pelo Estado. Nos
parques naturais existem diversas limitações à ação humana, para evitar que o
ecossistema seja degradado.
A noção de parque, por norma, refere-se a um
espaço verde que pode ser usado para descanso e recreação. Pode estar
localizado geograficamente num contexto urbano, numa cidade ou metrópole, ou
encaixar-se em termos geográficos numa região periférica, distante de
aglomerados populacionais. Natural é um adjetivo que caracteriza tudo o que
está associado à natureza, um autêntico manancial de seres vivos e de fatores
físicos. O conceito ou noção de parque natural também é frequentemente evocado
para aludir às áreas protegidas, quer sobre as superfícies terrestres, quer
sobre as superfícies oceânicas ou aquáticas.
Uma vez que estamos inseridos no Parque Natural
das Serras de Aire e Candeeiros convidamos-te a visitar o site do Instituto da
Conservação da Natureza e das Florestas. Aqui encontrarás informações interessantes
sobre o nosso Parque.
quarta-feira, 13 de maio de 2020
Alunos, encarregados de educação e docentes dão nota positiva ao Ensino @ Distância do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós
Passadas duas semanas sobre o
Ensino @ Distância no Agrupamento de Escolas de Porto de Mós, no âmbito da
pandemia do COVID-19, a comunidade educativa foi auscultada de modo a
identificar pontos fracos do processo com vista à sua melhoria. Globalmente, as
opiniões foram muito positivas com índices de satisfação acima dos 75 % (níveis
4 e 5 numa escala de 5 níveis) em mais de três quartos das questões colocadas
respeitantes à operacionalização do Plano do Agrupamento para o Ensino @
Distância.
Relativamente aos alunos que
frequentam a Educação Pré-escolar, mais de 90 % dos encarregados de
educação consideram-se bem informados sobre o Plano para o Ensino @ Distância
do Agrupamento e têm em casa as condições necessárias para pôr em prática as
atividades propostas pelas educadoras; o tempo necessário para realizar as
tarefas ao longo da semana é considerado adequado por 85% dos inquiridos.
Quanto à disponibilidade e ao apoio prestado pelas educadoras, a satisfação é
quase total (95 %). Curiosamente, apesar de todas as taxas de satisfação
estarem acima dos 85 %, quando inquiridos a fazer uma apreciação global da
adaptação das crianças ao Ensino @ Distância, a taxa de aprovação é mais baixa,
cerca de 74 %, o que poderá indicar que, apesar de as atividades estarem a decorrer
de forma adequada, sente-se a falta da presença física da educadora.
Relativamente aos 1.º e 2.º
ciclos do Ensino Básico, mais de 90 % dos alunos e encarregados de educação
consideram-se bem informados sobre o Plano para o Ensino @ Distância do Agrupamento
e cerca de 82 % afirmam que as plataformas tecnológicas utilizadas pelos
professores permitem perceber bem os conteúdos educativos apresentados. A
facilidade em contactar com os professores quando necessário, bem como as
correções e explicações relativas aos trabalhos realizados pelos alunos recebem
taxas de aprovação (níveis 4 e 5 numa escala de 5 níveis) entre os 79 e os 89 %.
Um aspeto em que existe diferença entre as respostas dos alunos do 1.º e do 2.º
Ciclo prende-se com o tempo necessário para realizar as tarefas semanais
solicitadas pelos professores, e os prazos para a sua entrega, cujas taxas de
satisfação são maiores no 1.º Ciclo (c. 84 %) do que no 2.º Ciclo (c. 72 %).
Tal como na Educação Pré-escolar, quando solicitados a fazer uma apreciação
global da adaptação dos alunos ao Ensino @ Distância, a taxa de aprovação é
inferior à dos outros itens (c. 79 %) o que poderá também indicar que, apesar
de as atividades estarem a decorrer de forma adequada, sente-se a falta da
presença física dos professores.
Relativamente ao 3.º Ciclo do
Ensino Básico e aos Cursos Científico-humanísticos do Ensino Secundário, os
alunos consideram-se bem informados sobre o Plano para o Ensino @ Distância,
embora o número seja maior no Secundário (94 %) do que no 3.º Ciclo (80 %);
cerca de 80 %, dos alunos destes ciclos afirmam que as plataformas tecnológicas
utilizadas pelos professores permitem perceber bem os conteúdos educativos
apresentados e que conseguem realizar autonomamente as tarefas solicitadas
pelos professores (sendo que, no Secundário, o grau de autonomia é maior com
mais de 94 % dos alunos a não ter problemas com a realização das tarefas). A
facilidade em contactar com os professores quando necessário também é elevada
(80 % no 3.º Ciclo e 91 % no Secundário) bem como a aprovação do feedback dado
pelos professores (c. 73 %); contudo, só 60 % dos alunos do Secundário
consideram que o feedback dos professores lhes permite melhorar os seus conhecimentos
enquanto que no 3.º Ciclo esse número é de 85 %. Um aspeto em que as taxas de
satisfação nestes dois ciclos são inferiores às dos outros ciclos refere-se ao
tempo necessário semanalmente para a realização das tarefas, e ao prazo para a
sua entrega, que só recebem taxas de satisfação (níveis 4 e 5 numa escala de 5
níveis) entre os 47 e os 57 %. Globalmente, 70 % dos alunos do 3.º Ciclo
afirmam que se adaptaram bem ao Ensino @ Distância enquanto que, no Secundário,
esse número sobe para 80 %.
Os alunos dos Cursos
Profissionais (Cursos de Educação e Formação do Ensino Básico e Cursos
Profissionais do Ensino Secundário) são os que se mostram menos satisfeitos com
o Ensino @ Distância com taxas de satisfação (níveis 4 e 5 numa escala de 5
níveis) mais baixas que os outros ciclos em quase todos os parâmetros; contudo,
estes resultados poderão estar influenciados pelo baixo número de alunos que
responderam ao questionário (apenas 15). O Conselho Pedagógico estará atento a
esta particularidade nos próximos momentos de monitorização de modo a confirmar
se tal é característico deste tipo de cursos ou se tem outros motivos; convém
ainda referir que estes cursos abrangem cinco turmas das 124 do Agrupamento o
que representa apenas quatro por cento do total de turmas.
Quanto aos docentes,
avaliam também positivamente a maioria dos aspetos relacionados com o Ensino @
Distância mostrando taxas de satisfação (níveis 4 e 5 numa escala de 5 níveis)
superiores a 80 % em dois terços das questões colocadas. Assim, consideram que
o Agrupamento disponibilizou materiais de apoio e sessões de formação que
contribuíram de forma decisiva para a sua adaptação ao processo de Ensino @
Distância (80 %), que as plataformas tecnológicas que utilizam permitem atingir
devidamente os objetivos educativos pretendidos (88 %), que os alunos resolvem
as tarefas distribuídas em linha com o que faziam quando o ensino era
presencial (92 %) e que se adaptaram globalmente bem ao Ensino @ Distância (82
%). O único aspeto negativo apontado pelos docentes é o tempo necessário para
operacionalizar todas as tarefas relacionadas com o Ensino @ Distância com 78 %
a indicar que o tempo despendido é superior ao que necessitavam quando o ensino
era presencial.
Embora não dependendo do
Agrupamento de Escolas, mas com intuito de obter uma panorâmica da situação no
concelho de Porto de Mós, os alunos e encarregados de educação foram inquiridos
quanto aos equipamentos informáticos (computadores, tablets, telemóveis)
que possuem no seu agregado familiar e quanto à velocidade de ligação à
Internet. As maiores lacunas verificam-se no 1.º Ciclo e nos cursos
profissionais; 70 % dos encarregados de educação de alunos do 1.º Ciclo, e 55 %
dos alunos dos cursos profissionais, consideram que possuem no seu agregado
familiar equipamentos informáticos suficientes para o Ensino @ Distancia. Na
Educação Pré-escolar, o número de agregados familiares que afirmam ter os
equipamentos necessários é ligeiramente superior (77 %) e, nos restantes
ciclos, é bastante superior (85 % no 2.º Ciclo e 90 % no 3.º Ciclo e no Ensino
Secundário). Já quanto à qualidade dos equipamentos existentes no agregado
familiar, as apreciações são inferiores registando-se taxas de satisfação entre
os 45 e os 72 %. Quanto à velocidade da ligação à Internet os graus de
satisfação variam entre os 66 % e os 82 %. Também alguns docentes (32 %) se
queixam de não terem equipamentos informáticos que permitam cumprir
adequadamente as suas tarefas enquanto 38 % afirmam que a velocidade de acesso
à Internet de que dispõem dificulta as tarefas.
Note-se que no Agrupamento de Escolas de Porto de Mós
foram identificados 234 alunos sem computador ou tablet que permitisse
acompanhar devidamente as atividades de Ensino @ Distância tendo 93 deles
recebido computadores portáteis ou tablets emprestados pelo Agrupamento;
aguarda-se a entrega dos tablets adquiridos pelo Município para responder aos restantes casos sendo
que uma parte destes alunos consegue
acompanhar e realizar algumas atividades, nomeadamente a partir de telemóveis;
nos casos mais problemáticos foram designados professores mentores para melhor
acompanhar estes alunos .
Os dados utilizados para a monitorização do plano de Ensino @ Distância do Agrupamento foram recolhidos, entre outros,
através questionários em linha a cerca de 320 alunos, incluindo também os
respetivos encarregados de educação no caso dos alunos da Educação Pré-escolar
e dos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, correspondentes a cerca de 15 % da
população escolar do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós; foram também
inquiridos 50 docentes, correspondentes a 20 % do corpo docente do Agrupamento.
Carlos Oliveira
Coordenador da Equipa de Monitorização do Plano E@D do AEPM
segunda-feira, 4 de maio de 2020
Dia da Mãe
Ontem foi dia de estar com as nossas mães,
Hoje queremos deixar aqui um poema de Miguel Torga.
CANÇÃO PARA A MINHA MÃE
E sem um gesto, sem um não, partias!
Assim a luz eterna se extinguia!
Sem um adeus, sequer, te despedias,
Atraiçoando a fé que nos unia!
E sem um gesto, sem um não, partias!
Assim a luz eterna se extinguia!
Sem um adeus, sequer, te despedias,
Atraiçoando a fé que nos unia!
Terra lavrada e
quente,
Regaço de um poeta criador,
Ias-te embora antes do sol poente,
Triste como semente sem calor!
Regaço de um poeta criador,
Ias-te embora antes do sol poente,
Triste como semente sem calor!
Ias, resignada,
apodrecer
À sombra das roseiras outonais!
Cor da alegria, cântico a nascer,
Trocavas por ciprestes pinheirais!
À sombra das roseiras outonais!
Cor da alegria, cântico a nascer,
Trocavas por ciprestes pinheirais!
Mas eu vim,
deusa desenganada!
Vim com este condão que tu conheces,
E toquei essa carne macerada
Da vida palpitante que mereces!
Vim com este condão que tu conheces,
E toquei essa carne macerada
Da vida palpitante que mereces!
Porque tu és a
Mãe!
Pariste um dia aos gritos e aos arrancos,
E parirás ainda pelo tempo além,
Mesmo ser madre e de cabelos brancos!
Pariste um dia aos gritos e aos arrancos,
E parirás ainda pelo tempo além,
Mesmo ser madre e de cabelos brancos!
És e serás a
faia que balança ao vento
E não quebra nem cede!
Se te pediu a paz do esquecimento,
Também a força de lutar te pede!
E não quebra nem cede!
Se te pediu a paz do esquecimento,
Também a força de lutar te pede!
Respira, pois,
seiva da duração,
Nos meus pulmões até, se te cansaste;
Mas que eu sinta bater o coração
No peito onde em menino me embalaste.
Nos meus pulmões até, se te cansaste;
Mas que eu sinta bater o coração
No peito onde em menino me embalaste.
(S.
Martinho de Anta, 13 de julho de 1946)
– Miguel Torga, do (‘Diário III’), em “Diário. Vols. I a IV”. 5ª ed., Lisboa: Dom Quixote, 1999.
– Miguel Torga, do (‘Diário III’), em “Diário. Vols. I a IV”. 5ª ed., Lisboa: Dom Quixote, 1999.
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