segunda-feira, 25 de maio de 2020

Obra Completa do padre António Vieira entregue ao Papa

‘Sermão de Santo António’ de Padre António Vieira

24 maio - Dia Europeu dos Parques Naturais




O Dia Europeu dos Parques Naturais resulta de uma iniciativa criada em 1999 pela Federação EUROPARC. A data assinala o dia em que foi fundado o primeiro Parque Nacional da Europa, na Suécia, em 1909.


Um parque natural é uma área protegida por lei com paisagens naturais, seminaturais e humanizadas, de interesse nacional. O objetivo do parque natural é conservar a fauna e flora existente para as gerações vindouras. São áreas ao ar livre que, pelas suas especificidades no que diz respeito à biologia, são protegidas de forma especial pelo Estado. Nos parques naturais existem diversas limitações à ação humana, para evitar que o ecossistema seja degradado.
A noção de parque, por norma, refere-se a um espaço verde que pode ser usado para descanso e recreação. Pode estar localizado geograficamente num contexto urbano, numa cidade ou metrópole, ou encaixar-se em termos geográficos numa região periférica, distante de aglomerados populacionais. Natural é um adjetivo que caracteriza tudo o que está associado à natureza, um autêntico manancial de seres vivos e de fatores físicos. O conceito ou noção de parque natural também é frequentemente evocado para aludir às áreas protegidas, quer sobre as superfícies terrestres, quer sobre as superfícies oceânicas ou aquáticas.


Uma vez que estamos inseridos no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros convidamos-te a visitar o site do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Aqui encontrarás informações interessantes sobre o nosso Parque. 

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Alunos, encarregados de educação e docentes dão nota positiva ao Ensino @ Distância do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós


Passadas duas semanas sobre o Ensino @ Distância no Agrupamento de Escolas de Porto de Mós, no âmbito da pandemia do COVID-19, a comunidade educativa foi auscultada de modo a identificar pontos fracos do processo com vista à sua melhoria. Globalmente, as opiniões foram muito positivas com índices de satisfação acima dos 75 % (níveis 4 e 5 numa escala de 5 níveis) em mais de três quartos das questões colocadas respeitantes à operacionalização do Plano do Agrupamento para o Ensino @ Distância.
Relativamente aos alunos que frequentam a Educação Pré-escolar, mais de 90 % dos encarregados de educação consideram-se bem informados sobre o Plano para o Ensino @ Distância do Agrupamento e têm em casa as condições necessárias para pôr em prática as atividades propostas pelas educadoras; o tempo necessário para realizar as tarefas ao longo da semana é considerado adequado por 85% dos inquiridos. Quanto à disponibilidade e ao apoio prestado pelas educadoras, a satisfação é quase total (95 %). Curiosamente, apesar de todas as taxas de satisfação estarem acima dos 85 %, quando inquiridos a fazer uma apreciação global da adaptação das crianças ao Ensino @ Distância, a taxa de aprovação é mais baixa, cerca de 74 %, o que poderá indicar que, apesar de as atividades estarem a decorrer de forma adequada, sente-se a falta da presença física da educadora.
Relativamente aos 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico, mais de 90 % dos alunos e encarregados de educação consideram-se bem informados sobre o Plano para o Ensino @ Distância do Agrupamento e cerca de 82 % afirmam que as plataformas tecnológicas utilizadas pelos professores permitem perceber bem os conteúdos educativos apresentados. A facilidade em contactar com os professores quando necessário, bem como as correções e explicações relativas aos trabalhos realizados pelos alunos recebem taxas de aprovação (níveis 4 e 5 numa escala de 5 níveis) entre os 79 e os 89 %. Um aspeto em que existe diferença entre as respostas dos alunos do 1.º e do 2.º Ciclo prende-se com o tempo necessário para realizar as tarefas semanais solicitadas pelos professores, e os prazos para a sua entrega, cujas taxas de satisfação são maiores no 1.º Ciclo (c. 84 %) do que no 2.º Ciclo (c. 72 %). Tal como na Educação Pré-escolar, quando solicitados a fazer uma apreciação global da adaptação dos alunos ao Ensino @ Distância, a taxa de aprovação é inferior à dos outros itens (c. 79 %) o que poderá também indicar que, apesar de as atividades estarem a decorrer de forma adequada, sente-se a falta da presença física dos professores.
Relativamente ao 3.º Ciclo do Ensino Básico e aos Cursos Científico-humanísticos do Ensino Secundário, os alunos consideram-se bem informados sobre o Plano para o Ensino @ Distância, embora o número seja maior no Secundário (94 %) do que no 3.º Ciclo (80 %); cerca de 80 %, dos alunos destes ciclos afirmam que as plataformas tecnológicas utilizadas pelos professores permitem perceber bem os conteúdos educativos apresentados e que conseguem realizar autonomamente as tarefas solicitadas pelos professores (sendo que, no Secundário, o grau de autonomia é maior com mais de 94 % dos alunos a não ter problemas com a realização das tarefas). A facilidade em contactar com os professores quando necessário também é elevada (80 % no 3.º Ciclo e 91 % no Secundário) bem como a aprovação do feedback dado pelos professores (c. 73 %); contudo, só 60 % dos alunos do Secundário consideram que o feedback dos professores lhes permite melhorar os seus conhecimentos enquanto que no 3.º Ciclo esse número é de 85 %. Um aspeto em que as taxas de satisfação nestes dois ciclos são inferiores às dos outros ciclos refere-se ao tempo necessário semanalmente para a realização das tarefas, e ao prazo para a sua entrega, que só recebem taxas de satisfação (níveis 4 e 5 numa escala de 5 níveis) entre os 47 e os 57 %. Globalmente, 70 % dos alunos do 3.º Ciclo afirmam que se adaptaram bem ao Ensino @ Distância enquanto que, no Secundário, esse número sobe para 80 %.
Os alunos dos Cursos Profissionais (Cursos de Educação e Formação do Ensino Básico e Cursos Profissionais do Ensino Secundário) são os que se mostram menos satisfeitos com o Ensino @ Distância com taxas de satisfação (níveis 4 e 5 numa escala de 5 níveis) mais baixas que os outros ciclos em quase todos os parâmetros; contudo, estes resultados poderão estar influenciados pelo baixo número de alunos que responderam ao questionário (apenas 15). O Conselho Pedagógico estará atento a esta particularidade nos próximos momentos de monitorização de modo a confirmar se tal é característico deste tipo de cursos ou se tem outros motivos; convém ainda referir que estes cursos abrangem cinco turmas das 124 do Agrupamento o que representa apenas quatro por cento do total de turmas.
Quanto aos docentes, avaliam também positivamente a maioria dos aspetos relacionados com o Ensino @ Distância mostrando taxas de satisfação (níveis 4 e 5 numa escala de 5 níveis) superiores a 80 % em dois terços das questões colocadas. Assim, consideram que o Agrupamento disponibilizou materiais de apoio e sessões de formação que contribuíram de forma decisiva para a sua adaptação ao processo de Ensino @ Distância (80 %), que as plataformas tecnológicas que utilizam permitem atingir devidamente os objetivos educativos pretendidos (88 %), que os alunos resolvem as tarefas distribuídas em linha com o que faziam quando o ensino era presencial (92 %) e que se adaptaram globalmente bem ao Ensino @ Distância (82 %). O único aspeto negativo apontado pelos docentes é o tempo necessário para operacionalizar todas as tarefas relacionadas com o Ensino @ Distância com 78 % a indicar que o tempo despendido é superior ao que necessitavam quando o ensino era presencial.
Embora não dependendo do Agrupamento de Escolas, mas com intuito de obter uma panorâmica da situação no concelho de Porto de Mós, os alunos e encarregados de educação foram inquiridos quanto aos equipamentos informáticos (computadores, tablets, telemóveis) que possuem no seu agregado familiar e quanto à velocidade de ligação à Internet. As maiores lacunas verificam-se no 1.º Ciclo e nos cursos profissionais; 70 % dos encarregados de educação de alunos do 1.º Ciclo, e 55 % dos alunos dos cursos profissionais, consideram que possuem no seu agregado familiar equipamentos informáticos suficientes para o Ensino @ Distancia. Na Educação Pré-escolar, o número de agregados familiares que afirmam ter os equipamentos necessários é ligeiramente superior (77 %) e, nos restantes ciclos, é bastante superior (85 % no 2.º Ciclo e 90 % no 3.º Ciclo e no Ensino Secundário). Já quanto à qualidade dos equipamentos existentes no agregado familiar, as apreciações são inferiores registando-se taxas de satisfação entre os 45 e os 72 %. Quanto à velocidade da ligação à Internet os graus de satisfação variam entre os 66 % e os 82 %. Também alguns docentes (32 %) se queixam de não terem equipamentos informáticos que permitam cumprir adequadamente as suas tarefas enquanto 38 % afirmam que a velocidade de acesso à Internet de que dispõem dificulta as tarefas.  
Note-se que no Agrupamento de Escolas de Porto de Mós foram identificados 234 alunos sem computador ou tablet que permitisse acompanhar devidamente as atividades de Ensino @ Distância tendo 93 deles recebido computadores portáteis ou tablets emprestados pelo Agrupamento; aguarda-se a entrega dos tablets adquiridos pelo Município  para responder aos restantes casos sendo que  uma parte destes alunos consegue acompanhar e realizar algumas atividades, nomeadamente a partir de telemóveis; nos casos mais problemáticos foram designados professores mentores para melhor acompanhar estes alunos .
Os dados utilizados para a  monitorização do plano de Ensino @ Distância  do Agrupamento foram recolhidos, entre outros, através questionários em linha a cerca de 320 alunos, incluindo também os respetivos encarregados de educação no caso dos alunos da Educação Pré-escolar e dos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, correspondentes a cerca de 15 % da população escolar do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós; foram também inquiridos 50 docentes, correspondentes a 20 % do corpo docente do Agrupamento.

Carlos Oliveira
Coordenador da Equipa de Monitorização do Plano E@D do AEPM

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Dia da Mãe





Ontem foi dia de estar com as nossas mães,
Hoje queremos deixar aqui um poema de Miguel Torga.


CANÇÃO PARA A MINHA MÃE
E sem um gesto, sem um não, partias!
Assim a luz eterna se extinguia!
Sem um adeus, sequer, te despedias,
Atraiçoando a fé que nos unia!
Terra lavrada e quente,
Regaço de um poeta criador,
Ias-te embora antes do sol poente,
Triste como semente sem calor!
Ias, resignada, apodrecer
À sombra das roseiras outonais!
Cor da alegria, cântico a nascer,
Trocavas por ciprestes pinheirais!
Mas eu vim, deusa desenganada!
Vim com este condão que tu conheces,
E toquei essa carne macerada
Da vida palpitante que mereces!
Porque tu és a Mãe!
Pariste um dia aos gritos e aos arrancos,
E parirás ainda pelo tempo além,
Mesmo ser madre e de cabelos brancos!
És e serás a faia que balança ao vento
E não quebra nem cede!
Se te pediu a paz do esquecimento,
Também a força de lutar te pede!
Respira, pois, seiva da duração,
Nos meus pulmões até, se te cansaste;
Mas que eu sinta bater o coração
No peito onde em menino me embalaste.
(S. Martinho de Anta, 13 de julho de 1946)
– Miguel Torga, do (‘Diário III’), em “Diário. Vols. I a IV”. 5ª ed., Lisboa: Dom Quixote, 1999.