quarta-feira, 24 de maio de 2023

Visita de estudo a Lisboa

 

         

          No passado dia 04 de maio, as turmas do 12.º ano dos cursos gerais do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós participaram numa visita de estudo no âmbito da disciplina de Português, ao Palácio Nacional de Mafra e à Casa Fernando Pessoa.

          No Palácio, as turmas assistiram a uma fantástica representação da obra estudada nas aulas de Português “Memorial do Convento”, de José Saramago.

          Já na Casa Fernando Pessoa, usufruíram de uma visita guiada à casa onde o poeta viveu cerca de 15 anos da sua vida.

          Deixamos o nosso agradecimento aos atores que participaram na representação da obra e ao nosso guia na Casa Fernando Pessoa que foi muito paciente e simpático connosco.

          Um dia efetivamente diferente e deveras enriquecedor nesta etapa final do Ensino Secundário.

Jaime Venda, 12.º CT-MA

terça-feira, 23 de maio de 2023

Visita de Estudo ao Templo Ecuménico e ao Parque Biológico da Serra da Lousã

 



No dia 10 de maio, as turmas do 11º ano, dos cursos Científicos-Humanísticos, realizaram uma visita de estudo, ao Templo Ecuménico Universalista e ao Parque Biológico da Serra de Lousã, situados em Miranda do Corvo. A referida visita inseria-se no âmbito dos DAC (Domínios de Autonomia Curricular), projeto de articulação curricular das disciplinas de Português e de Filosofia, turmas A e C, e no âmbito da Disciplina de Filosofia, turmas B e D.

Do programa faziam parte a visita-guiada ao Templo Ecuménico, de manhã, e ao Parque Biológico, de tarde. Chegados ao Templo, único na Europa, situado no cimo da serra e de onde se avistava a natureza verdejante, a perder de vista, alunos e professores acompanhantes depararam-se com uma enorme pirâmide em tons de barro. Neste espaço, repleto de simbolismo, observaram uma representação de diversas religiões distribuídas pelo planeta. À entrada, chamou-lhes de imediato a atenção um painel de cimento com marcas de mãos cravadas e as seguintes inscrições: «A paz é a nossa aspiração, o amor é a nossa revelação.» e «É no teu coração que descobres o caminho para a sabedoria e a compaixão.». O espaço exterior envolvente encontrava-se ornamentado com símbolos associados às crenças religiosas, e no edifício piramidal, ao centro, numa sala interior, destacavam-se duas rochas, uma polida e outra rugosa que se complementavam (a perfeição e a imperfeição). Vários placares foram distribuídos à volta do referido compartimento com imagens e informações, de forma a complementar e aprofundar os conhecimentos religiosos de cada um.

Deixado o Templo, o grupo dirigiu-se ao Parque Biológico, onde um saboroso picnic retemperou as energias a todos. Seguiu-se a visita, ao longo da qual, todos puderam contactar de perto com várias espécies de animais domésticos e selvagens (lobos, linces, ursos, javalis, aves de rapina, entre outros). Muitas destas espécies são irrecuperáveis, ou seja, não conseguirão sobreviver no seu habitat natural.

De salientar que este Parque integra um projeto inovador, não só a nível nacional, como também europeu, em que todas as receitas geradas com a sua atividade são reinvestidas numa missão social.

Terminada a visita, e, antes da viagem de regresso a Porto de Mós, ainda houve tempo para uma foto de grupo e para alguns se refrescarem com deliciosos gelados.

 

Nota de redação:

Um agradecimento se impõe, em nome dos alunos participantes, aos professores, que nos proporcionaram um dia diferente, e à Câmara Municipal de Porto de Mós, por nos ter disponibilizado um autocarro.

 

                                                      Marine Baumgartner, 11.º A - ESPM

quinta-feira, 18 de maio de 2023

A Espiga e o seu dia




A civilização celta e romana tinha o hábito de agradecer aos deuses as primeiras colheitas com pequenos ramos de espigas e flores.

Mais tarde os cristãos, associaram este hábito a um importante momento religioso -- a Ascensão ou, também referido, Dia da Espiga.

Neste dia, atualmente, ainda se colhem espigas de vários cereais, papoilas, malmequeres, alecrim, folhas de oliveira e videira que se colocam à entrada da porta, acreditando que isto trará um futuro melhor.   




quarta-feira, 17 de maio de 2023

Dia Internacional da Reciclagem

 


Assinalamos, no dia 17 de maio, o Dia Internacional da Reciclagem.

Este dia alerta-nos para a necessidade de refletirmos sobre as questões ambientais e sobre o consumo exagerado de recursos.

A reciclagem é o processo de transformação de materiais usados em novos produtos para a sua reutilização. Através deste processo, materiais que seriam descartados podem ser reaproveitados e reutilizados de uma forma sustentável.

Nas aulas de Cidadania, a turma 8C, abordou este tema da reciclagem e  elaborou alguns cartazes.

sábado, 13 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºA 27

Poema de um domingo de manhã no Arrimal



Dez horas da manhã ouve-se o galo a cantar

Alguns já trajados outros por trajar.

Mas quando o sino dá as 12 badaladas

Todas estão aprumadas.

 

À entrada da igreja já se pode escutar,

O cheiroso e tentador frango a assar

E ao entrar se vê a diferença

De quem está ou não por crença.

 

Ao longe, avisto uma mulher,

Sem nenhuma peça quente sequer

Imagino-a, de imediato, com um casaco de penas

Como as do frango que assa, apenas.

 

Numa outra perspetiva podemos perceber

Que é na lagoa pequena que se pode espairecer

A sua água clara, límpida e reluzente

Deixa os habitantes com um sorriso evidente

 

A caminho da senhora dos frangos

Não há salvadores, divinos ou santos

Enquanto os coitados esperam tanto

Os afortunados descansam no manto

 

E, ao longe, se começa a ouvir

O som dos Mercedes preto e comprido a vir

Com as encomendas feitas

São sempre as primeiras satisfeitas

 

Mas o ar puro que os outros cheiram

Pois, por mais que todos queiram,

Não há frango ainda pronto

Que valha este encontro!

Verónica Martins, N.º 27, 12.ºA

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºA 26

 


Numa estrada do Alqueidão ao amanhecer,

Vejo os jovens a entrar no autocarro,

No café, vejo pessoas a fumar um cigarro;

Encontro o Pierro, já está a «abastecer».

 

No adro da igreja, ao meio-dia,

Vejo pessoas na pausa do trabalho,

Algumas vão à Madalena comprar alho,

Há menos gente, já não é como se via.

 

Subo a rua da igreja,                                                                                           

Vejo os reformados no banco,

Enquanto outros saem do Recanto,                                 

Em baixo, ouço os homens a beber cerveja.

 

Caminho na berma da estrada

Vejo as azeitonas, são pequenos berlindes

Lembram memórias felizes

Em que não se fazia nada.

 

Desço para casa, enquanto chove,

Há o cheiro da terra molhada dos campos,

Agora, vazios não estão como noutros tempos;

Ouço o sino a tocar, já são quase nove.

Tiago Correia Bartolomeu, N.º 26, 12.ºA

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºA 25

Sobreviver!



Subindo a rua, ainda paira a escuridão

Já o dia começou

E ainda o galo não cantou

Vão crianças, adolescentes, vai a multidão.

 

Veem-se as sacas de pão

Nas portas de quem não trabalha, não!

Já tiveram dura vida

Os velhos trabalhadores sem medida

 

Bem próximo, ouvem-se os trovões

Que me trazem desilusões

Em sinfonia com o galo que desperta

E a tempestade que aperta

 

Passam os autocarros, que trabalhadores trazem

E estudantes levam

Que ignorância desfazem

E sabedoria elevam!

 

Lá no fundo, no café…

Aparecem os ociosos e relaxados

Que me tiram a alegria e a fé

Por serem tão desleixados…

 

Na labuta da triste madrugada,

Vêm os motoristas apressados,

Numa corrida parada

Que os deixa hipnotizados.

 

Já mais tarde, desfilam os doutores,

Que a miséria não toca nem atormenta

Mas a mim me molestam os mesmo fatores

Que o povo pensa e comenta!

 

Sobreviver! Ecoa nesta rua, no mundo!

Esta realidade triste e crua

Te faz desejar que a maldade se destrua

que se alivie este peso profundo…

Sofia Freire, N.º 25, 12.ºA

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºA 24

Gira diária



Ainda o orvalho paira no ar

Já ao fundo o galo a cantar

É hora de começar o fastidioso e

Retumbante labutar

 

Avisto o estrépito do sensato motor

A carregar o trabalhador, velho, e derreado

Que o dia já bem cedo começou

Longe disso a quimera entretém os moços

 

De sacos nas mãos, alegres

Vão indo pelo húmido pavimento

Desejando o encontro com as comadres

Que de outrem a vida é formidável

 

Hora de ponta. Barulho!

Carros à jusante, em contramão parados

Aí se a polícia passasse!

Nada faria.

 

Atrasados os gaiatos, apressam-se

Os avós devotos e sensatos, acompanham

Lembro-me da pele névoa, rugosa

Daquele que me agarrava e guiava

 

O salpicar das poças que passava

Simplesmente feliz. Saudades!

Afortunado passado que me consta

Que o presente enfadado se apresenta.

 

Sinos. Missa, se aproxima

Fiéis viúvas, cabisbaixas seguem

Esperança no perdão? Iludem-se

No desvanecer de suas profanas heresias

 

Sós. Arrastando-se pelas ruas

Os decrépitos abandonados

Indiferentes à multidão

Desamparados, morrem!

 

Adormecida permanece,

Aparenta deserto seco e sereno

Oh tristeza que me preenche!

Oh futuro pesaroso se avizinha!

 

Passos! Fumo! Voltou

A correria que se anseia

Preenche os corações daqueles que

Amor à terra detém, esperançosos!

Sara Dias, N.º 24, 12.ºA

terça-feira, 9 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºA 23

Deambulando para a escola



Saio de casa, com o passo tardio, sereno e vagaroso

E para a escola, como sempre, abalei

Fui para a passadeira onde contemplei,

A sexta-feira de ar agitado e desastroso!

 

Aqui, paralisa um carro a meio,

Este ignorou-me como se fosse oculto,

Mas compreendo que, no meio de tanto tumulto,

Se consiga esquecer do freio.

 

Observo a estrondosamente lenta multidão,

Alguns, atrasados para a escola como eu,

Há muito que a pressa se dissolveu

Entre toda esta ruidosa lentidão.

 

Vejo em cima, o mercado,

Neste dia, sempre abarrotado; incondicionalmente

E o resto da semana desocupado; indevidamente.

No meu caminho, de carros estou cercado!

 

E por aí me imagino,

O mercado e a feira desabam,

Aparecem muralhas que não acabam

E passam soldados por um perigoso destino.

 

Cansados com as suas armaduras,

Caminham! Desde as Astúrias!

Para tirar da península: injúrias!

E contra os mouros lutar sem censuras.

 

Regresso, pela escola adentro,

Entro na minha sala, furtivo, confiante e discreto.

O meu atraso é secreto,

Mas aí, nos estudos, me concentro.

Rodrigo Araújo, N.º23, 12.ºA

Dia da Europa




No dia 9 de maio, assinala-se o Dia da Europa ou da União Europeia.

Neste dia comemora-se a paz e a unidade do continente europeu também se celebra o aniversário da “Declaração Schuman” que sugeriu uma nova forma de cooperação politica feita por “Robert Schuman” consistindo na garantia da paz a longo prazo na Europa do pós-guerra.

Considera-se que a atual União Europeia teve início com esta declaração.    

Fazem parte desta União Europeia 27 países, dos quais destacamos: Alemanha, França, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo.


Na nossa escola, este dia foi assinalado com algumas atividades.



Dia da Mãe


Celebrou-se no passado domingo o Dia da Mãe.

Não querendo esquecer este dia, procurámos poemas que homenageiam as nossas mães.


Canção

Tinha um cravo no meu balcão;

Veio um rapaz e pediu-mo

-Mãe, dou-lho ou não?

 

Sentada, bordava um lenço de mão;

Veio um rapaz e pediu-mo

-Mãe, dou-lho ou não?

 

Dei um cravo e dei um lenço,

Só não dei o coração;

Mas se o rapaz mo pedir

-Mãe, dou-lho ou não?

 

Eugénio De Andrade (n. 19 junho 1923; f. 13 junho 2005)




Mães de Portugal

Ó Mães de Portugal comovedoras,

Com Meninos Jesus de encontro ao peito

Iguais na devoção e amor perfeito

Aos painéis onde estão Nossas Senhoras!

 

Ó Virgem Mãe, qual se tu própria foras,

Surgem de cada lado, quase a eito,

Dolorosas, felizes, povoadoras…

 

São presépios as casas onde moram:

E o riso casto, as lágrimas que choram,

O anseio que lhes enche o coração,

 

Gesto, candura, olhar-tudo é divino,

Tudo ensinada pelo Deus Menino,

Tudo é da Mãe Celeste inspiração!

 

Alberto de Oliveira (n. 28 abril 1857; f. 19 janeiro 1937) Poeta Brasileiro




segunda-feira, 8 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºA 22

Sob o escuro firmamento



Sob o escuro firmamento

Que esconde o brilho do sol

Repousa, como um caracol,

O verde manto. Pobre coitado,

Cada vez mais esburacado!

 

Ao pé da igreja, diário ajuntamento,

Vejo apearem-se as inocentes crianças.

Olho para o lado, não há mudanças!

Entre curvas sinuosas, sob o peito,

Estalam cervejas no café. Lugar perfeito!

 

Deixo aquele inflexível monumento

Que me agonia com a mesma cor,

Pois recordo agora com fervor

O bulir de outrora nas eiras,

O som do malho entre as figueiras!

 

Porém, nos meus pés sinto o afundamento,

Porque estes duros e brutos montes

Semelham-se à água nas fontes

Que evapora. E livres do seu peso

Buscam no céu um recomeço.

 

Abre-se a celestial serventia, de momento,

Mas do cerne destes altos, como serpentes,

Rompem grandes e fortes correntes

Que agarram este iludido pedaço de terra!

E, cá em baixo, o sacrificado cordeiro berra!

 

Atenua-se o som daquele movimento,

E dou por mim cercado pelos muros

Que se cobrem de espinheiros pontiagudos.

Lá no alto, a amarga lua

Débil e frágil, chora, mas não recua!

 

Arrepia-me um áspero sopro de tormento,

Pois, muito antes, searas douradas

Rasgavam estes muros, agora focinhadas

Cegas os derrubam! Sonho o cheiro

Do azeite a pingar da prensa, o lagareiro,

 

Homem valente e rabugento,

Faz o seu serão acarretando capachos!

Arrastam-se incansáveis os teimosos machos,

Procurando com o pescoço a semente

Onde pesa a canga bem assente.

 

Agora, este saudoso convento

Jaz esquecido e bem enterrado,

Donde brota um enorme silvado.

Alheio à comum visão, exceto do falcão,

Que observa o alastrar da deceção!

Rodrigo Morgado, N.º22,12.ºA 

domingo, 7 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºA 21

 


O sol tímido esconde-se

Atrás da serra pintada de preto

E eu vou para a rua, com o coração funesto

E cheio do passado descoberto pelo vento.

 

As oliveiras dançam, tristemente,

As janelas abrem quando passo,

E entre os vidros encobre-se uma mulher,

Que constantemente se pergunta o que ali faço.

 

O vento leva-me até aos telhados.

Aquelas lajes de pedra, que captam a água,

Como captam o meu olhar e a minha alma.

E me acalmam! E me salvam! Como salvaram meus antepassados!

 

A natureza que me rodeia fascina,

Enquanto arrelia e continuo a fugir.

Desço enquanto o sol sobe e zarpa a neblina

E os pedreiros chegam aos muros a insurgir.

 

Vejo um simples e belo cruzeiro, ao longe,

Acompanhado do chafariz, no meio da aldeia,

Fonte da água e fonte da vida,

Enquanto a pinga canta a sua bela melodia.

 

Ao longe, sinto o cheiro do pão quente

A sair do forno antigo com os pequenos

Fascinados a assistir. E relembro a minha infância

E a felicidade que senti quando era assim.

 

E eu, volto a casa, com as memórias.

As felizes memórias da minha infância,

Entre rochas e oliveiras, a sentir uma paz

Que não sentia quando do lar parti fugaz.

Maria Durão, N.º 21, 12.ºA

sábado, 6 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºA 20

Deambulando pela minha aldeia

 

Nasce o dia, na minha aldeia,

Com chuva e trovoada,

Assusta a D. Magda,

Que tanto fala da vida alheia.

 

Caminho em direção à capela,

S. João, seu padroeiro,

Rezo e peço dinheiro,

Sou uma pessoa singela.

 

Estou melancólica, como o dia.

Quando chego ao centro cultural,

Um espaço alegre e social,

Lá espero que alguém me sorria.

 

A rotunda com o castelo,

Faz alusão a Porto de Mós,

Lindo feito que encanta todos nós,

E, que considero muito belo.

 

Na igreja da Freguesia,

Junta-se o povo ao domingo.

À porta pede um mendigo,

Dou-lhe esmola por cortesia.

 

No moinho de vento,

Junto à serra dos candeeiros,

Encontram-se os cangalheiros,

E o céu continua cinzento.

 

Ah! O quanto esta terra me encanta,

É minha e de outros também.

Fico por aqui e não vou mais além,

Só me atrevo a dizer que é terra santa.

Maria Santos, N.º 20, 12.ºA