Oito
horas da manhã; em minha casa,
Aqui
no cimo da colina,
Longe
da algazarra,
Desce
pelo vale a neblina.
Deitada
ainda na cama,
Oiço
lá fora os pássaros a cantar,
A
brisa a soprar na rama,
Levando-me
a imaginar.
Nestes
jardins da casa, ao amanhecer,
Há
tal tranquilidade, há tal serenidade,
As árvores
perdem a sua luminosidade,
No
chão um tapete de folhas a crescer.
O
outono já se faz notar,
Nos
seus tons de castanho e amarelo,
Os
raios de sol a despontar,
Por
entre as nuvens num céu belo.
Eu,
deambulando, agora fora do portão,
Começo
a descer pela aldeia
Acabando
a paz e começando a confusão,
Sinto
que estou presa numa teia.
Olho
para as casas de cortinas abertas,
O
barulho e o movimento começam-se a sentir,
As
ruas enchem-se de carros e pessoas
Tudo
se torna correria na ânsia de partir.
Por
estas ruas, rodeadas de casa antigas,
Passa
um trator, com o agricultor,
Chega
à escola, o professor,
No
parque verde, um grupo de amigas.
Vejo
as crianças, entusiasmadas, brincar
Oh!
Tão felizes estão naquela escola branca
Lá
ao fundo, na igreja, as velhotas a rezar,
E os
homens, sem nada que fazer, no banco a conversar.
Lea
Martins, N.º 18, 12.ºA
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