Deambulando para a escola
Saio de casa, com o passo
tardio, sereno e vagaroso
E para a escola, como
sempre, abalei
Fui para a passadeira onde
contemplei,
A sexta-feira de ar agitado
e desastroso!
Aqui, paralisa um carro a
meio,
Este ignorou-me como se
fosse oculto,
Mas compreendo que, no meio
de tanto tumulto,
Se consiga esquecer do
freio.
Observo a estrondosamente
lenta multidão,
Alguns, atrasados para a
escola como eu,
Há muito que a pressa se
dissolveu
Entre toda esta ruidosa
lentidão.
Vejo em cima, o mercado,
Neste dia, sempre
abarrotado; incondicionalmente
E o resto da semana
desocupado; indevidamente.
No meu caminho, de carros
estou cercado!
E por aí me imagino,
O mercado e a feira desabam,
Aparecem muralhas que não
acabam
E passam soldados por um
perigoso destino.
Cansados
com as suas armaduras,
Caminham! Desde as Astúrias!
Para tirar da península:
injúrias!
E contra os mouros lutar sem
censuras.
Regresso, pela escola
adentro,
Entro na minha sala, furtivo,
confiante e discreto.
O meu atraso é secreto,
Mas aí, nos estudos, me
concentro.
Rodrigo Araújo, N.º23, 12.ºA
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