sexta-feira, 12 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºA 26

 


Numa estrada do Alqueidão ao amanhecer,

Vejo os jovens a entrar no autocarro,

No café, vejo pessoas a fumar um cigarro;

Encontro o Pierro, já está a «abastecer».

 

No adro da igreja, ao meio-dia,

Vejo pessoas na pausa do trabalho,

Algumas vão à Madalena comprar alho,

Há menos gente, já não é como se via.

 

Subo a rua da igreja,                                                                                           

Vejo os reformados no banco,

Enquanto outros saem do Recanto,                                 

Em baixo, ouço os homens a beber cerveja.

 

Caminho na berma da estrada

Vejo as azeitonas, são pequenos berlindes

Lembram memórias felizes

Em que não se fazia nada.

 

Desço para casa, enquanto chove,

Há o cheiro da terra molhada dos campos,

Agora, vazios não estão como noutros tempos;

Ouço o sino a tocar, já são quase nove.

Tiago Correia Bartolomeu, N.º 26, 12.ºA

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