Numa estrada do Alqueidão ao amanhecer,
Vejo os jovens a entrar no autocarro,
No café, vejo pessoas a fumar um cigarro;
Encontro o Pierro, já está a
«abastecer».
No adro da igreja, ao meio-dia,
Vejo pessoas na pausa do trabalho,
Algumas vão à Madalena comprar alho,
Há menos gente, já não é como se via.
Subo a rua da igreja,
Vejo os reformados no banco,
Enquanto outros saem do Recanto,
Em baixo, ouço os homens a beber cerveja.
Caminho na berma da estrada
Vejo as azeitonas, são pequenos berlindes
Lembram memórias felizes
Em que não se fazia nada.
Desço para casa, enquanto chove,
Há o cheiro da terra molhada dos campos,
Agora, vazios não estão como noutros tempos;
Ouço o sino a tocar, já são quase nove.
Tiago Correia Bartolomeu, N.º 26, 12.ºA
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