Deambulando pelas Pedreiras
Na minha terra pequena, mas de
grande coração
Para além do verde com que está
coberta
E a tranquilidade que isso em mim
desperta,
Não há muito que cause atração.
Quando pela minha antiga escola
passo,
Ouço os gritos das crianças a
brincar
Que me lembram dos tempos que não
vão voltar
E nas minhas memórias rapidamente
colapso.
Avisto o café sempre cheio de gente
Durante o dia pelos idosos
despreocupados,
E à noite pelos que retornam do
trabalho cansados
E que procuram libertar-se da vida
exigente.
Se o cheiro a pão pelo nariz me
entrar
Lembro-me logo que estou perto do
moinho,
E com sorte sou capaz de receber um
bocadinho
Deste pitéu que me deixa a salivar.
Ao longe ouço os sinos a tocar
acentuados,
Que não se atrasam nenhum segundo
Nem mesmo se fosse o fim do mundo,
Um barulho a que todos estão
acostumados.
Mas no fundo faz-me lembrar o
espaço
Esta terra tão vazia e aborrecida
Que me faz sentir tão solitário
graças à sua falta de vida
E sou consumido pelo desejo de ter
um simples abraço.
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