Sobreviver!
Subindo
a rua, ainda paira a escuridão
Já
o dia começou
E
ainda o galo não cantou
Vão
crianças, adolescentes, vai a multidão.
Veem-se
as sacas de pão
Nas
portas de quem não trabalha, não!
Já
tiveram dura vida
Os
velhos trabalhadores sem medida
Bem
próximo, ouvem-se os trovões
Que
me trazem desilusões
Em
sinfonia com o galo que desperta
E
a tempestade que aperta
Passam
os autocarros, que trabalhadores trazem
E
estudantes levam
Que
ignorância desfazem
E
sabedoria elevam!
Lá
no fundo, no café…
Aparecem
os ociosos e relaxados
Que
me tiram a alegria e a fé
Por
serem tão desleixados…
Na
labuta da triste madrugada,
Vêm
os motoristas apressados,
Numa
corrida parada
Que
os deixa hipnotizados.
Já
mais tarde, desfilam os doutores,
Que
a miséria não toca nem atormenta
Mas
a mim me molestam os mesmo fatores
Que
o povo pensa e comenta!
Sobreviver!
Ecoa nesta rua, no mundo!
Esta
realidade triste e crua
Te
faz desejar que a maldade se destrua
que
se alivie este peso profundo…
Sofia
Freire, N.º 25,
12.ºA
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