quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

The Good Doctor



A série “The Good Doctor” apresenta-nos um jovem recém-formado em Medicina, que é autista. Neste programa, acompanhamos a jornada de Shaun, quando este é contratado, apesar de a administração do hospital apresentar um grande preconceito relativamente à sua doença.
Ao seguirmos esta série, podemos associá-la a outras que são muito similares, como “Anatomia de Grey” ou “Dr. House”. Porém, com o desenrolar do programa televisivo, este vai apresentando características únicas, como o desenvolvimento da vida amorosa e social da personagem principal e, ainda, o desvendar do seu passado. Outra característica que diferencia esta série televisiva de outras anteriormente mencionadas é a seleção do elenco, principalmente a escolha do ator para a personagem principal, pois este encarna excelentemente o papel de Shaun. O que mais aprecio neste programa é que nos faz refletir em relação a certas situações do quotidiano, que não acontecem apenas no mundo fictício, e também porque ficamos a conhecer um pouco de como é a experiência de como é ser médico, e como esta pode ser difícil.

Já ao nível da banda sonora, apesar de muitas das vezes não repararmos que ela está presente, esta é muito importante, pois muda a maneira como o nosso cérbero reage ás situações, e eu penso que esta está bem selecionada para cada momento.
Um dos problemas de “The Good Doctor” é que o cirurgião chefe de Shaun (Dr. Neil Melendez) tem algumas reservas relativamente ao facto de ter alguém autista na sua equipa, o que é expectável, pois esta incapacidade pode impedi-lo de comunicar em situações de grande tensão. E, em minha opinião este é um ponto negativo: a série “vende” esta preocupação como um preconceito. Também penso que é um pouco “cliché” que a personagem principal tenha sempre razão acerca das soluções para cada caso, e acho que deveriam destacar um pouco mais os seus colegas de internato.
Em cada novo episódio conhecemos um novo paciente e o seu caso; e um dos mais tristes que aconteceu, foi no episódio 5 da primeira temporada, que afetou Shaun, pois o seu paciente era fisicamente igual ao seu irmão, que morrera muito novo durante a infância de Shaun. Essa foi a razão pela qual ele se tornou médico, pois, desde a morte do seu irmão, sentia-se culpado por não o ter podido ajudar. Para além de episódios emotivos, há episódios milagrosos , como por exemplo, o episódio 9 da primeira temporada, em que foi organizada um campanha pelo hospital, na qual escolhiam uma criança que precisasse de cuidados, mas que não tivesse dinheiro para pagar o tratamento; a escolhida tinha um grave problema cardíaco, que aparentemente não podia ser resolvido, mas no último momento, Shaun e Melendez descobriram uma solução e a criança sobreviveu.
Com as histórias que nos são contadas de cada paciente, os produtores da série são capazes de nos levar emocionalmente para dentro do enredo e fazerem-nos pensar que o que vemos é uma representação do que acontece verdadeiramente.
Assim, podemos concluir que esta série tem potencial e, na minha opinião, é uma das melhores que vi.
Sónia Paulo 8ºC

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