Esta
foi a data escolhida, na XXX Conferência Geral da UNESCO, em 1999, para
celebrar a poesia em todo o mundo e incentivar a criação poética.
Recordemos
três grandes poetas nacionais.
Luís Vaz de Camões, nascido, provavelmente em 1524, foi o principal representante
do Classicismo português, autor versátil já que escreveu cartas, teatro e
poesia. Recordemos, então, o início do único poeta épico nacional, “Os
Lusíadas”.
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
[...]
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Manuel Barbosa Du Bocage, nascido em 1785, um dos principais poetas
do Arcadismo e percursor do Romantismo português. Fiquemos com uma quadra
popular.
Se
o amor vive da morte,
Constância
eterna hei de ter,
se
o amor dura só na vida,
Hei
de amar-te até morrer.
Fernando Pessoa, nascido a 13 de junho de 1888, foi o principal poeta do
Modernismo português. Entre muitas obras, escolhemos um excerto de “Mar
português”.
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Finalizamos com a voz de Aurelino Costa declamando o “Cântico Negro” de José Régio, nascido em 1907, poeta, dramaturgo, romancista, novelista, cronista, ensaísta e, entre outros, historiador da literatura portuguesa.
https://www.youtube.com/watch?v=Hjlzc2jOx3k
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