domingo, 6 de dezembro de 2020

VIH - o vírus da imunodeficiência

 


A 1 de dezembro celebrou-se o Dia Mundial de Luta Contra a SIDA e  a comunidade mundial manifestou o seu apoio às pessoas que vivem com o VIH (vírus da imunodeficiência humana), recordando todos aqueles que perderam a vida devido ao vírus da SIDA.

    O vírus da imunodeficiência humana (VIH) foi descoberto nos anos 80, o qual ataca o sistema imunitário e destrói as suas defesas, enfraquecendo a sua capacidade de combater infeções e doenças. Apesar de ainda não existir cura, é possível viver uma vida saudável com os tratamentos adequados. Antigamente era vista como uma doença mortal, sendo hoje uma doença crónica.

    Em 2020, o tema escolhido para o Dia Mundial de Luta Contra a SIDA apela à “solidariedade mundial e responsabilidade partilhada”, tanto mais que no contexto da pandemia de COVID-19 tem sobressaído a importância do mundo estar unido, com uma liderança determinada por parte dos governos e das comunidades para sustentar e ampliar o acesso a serviços essenciais, incluindo prevenção e despistagem do VIH e respetivos tratamento e cuidados.

    Atualmente, contabilizam-se cerca de 38 milhões de casos de pessoas que vivem com o VIH, 67% dos quais habitam na Região Africana da Organização Mundial de Saúde, sendo que em 2019, foram infectadas mais de 1 milhão de pessoas pelo VIH. Na Região Africana, as novas infecções devidas ao VIH e os óbitos associados à SIDA não estão a baixar suficientemente depressa para cumprir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que visa por fim à epidemia de SIDA até 2030.

    81% das pessoas que vivem com o VIH estão cientes da sua situação, sendo que  entre elas, 70% dos adultos e 53% das crianças estão a receber terapêutica anti-retroviral (TAR) vitalícia, assim como 85% das grávidas e das mães a amamentar, protegendo não só a saúde delas como ainda evitando a transmissão do VIH aos seus recém-nascidos. O estigma e a discriminação continuam a constituir barreiras no que diz respeito ao acesso a serviços de saúde.

Em Portugal, a zona metropolitana de Lisboa é a região com maior número de casos associados à infeção por VIH. Em 2019, Portugal conseguiu atingir todas as medidas traçadas pela ONU na luta contra este vírus, no entanto Portugal continua a apresentar a terceira maior taxa de incidência de infeções por VIH na União Europeia. Atualmente, os homens representam 71,2% dos infetados e as mulheres 28,8%, destacando que 55,8% dos infetados tiveram diagnóstico tardio, sendo a maior causa de infeção a prática de sexo heterossexual não protegido.

     Embora nem todas as pessoas infetadas por VIH apresentem sintomas, os mais comuns são cansaço, aumento dos gânglios linfáticos, diarreia, entre outros. O VIH encontra-se nos fluídos (sémen, fluídos vaginais e anais, sangue e leite materno) das pessoas infetadas. Por norma o VIH transmite-se através de relações sexuais (orais, anais e vaginais) não protegidas, mas também através da partilha agulhas ou de outro material cortante e ainda por mães portadoras da doença, aos seus filhos. Nos dias de hoje é possível ter uma gravidez e filhos saudáveis mesmo sendo portador de VIH, no entanto há risco de transmissão de doença caso não sejam feitos os tratamentos para a prevenção da mesma. O VIH não se transmite através de beijos, saliva, contacto com pele intacta/saudável, espirros, partilha de sanitas, banheiras, toalhas, talheres ou piscinas, nem por contacto com animais e insetos.

    A prevenção é a medida mais eficaz de combate à doença, para isso aconselha-se o uso correto de preservativo em todos os tipos de sexo; a utilização de “dental dams” na prática de sexo oral; a aplicação de lubrificantes à base de água por reduzirem o risco de fissuras vaginais ou anais causadas por fricção ou secura e evitarem que o preservativo se rompa; o uso de material pessoal e descartável para consumo de drogas injetáveis; fazer o rastreio da doença pelo menos uma vez na vida.

   

Mariana Fonseca, 11ºA

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