No passado dia 18 de janeiro, os alunos do
10º ano dos cursos de Ciências e Tecnologias e de Línguas e Humanidades, da Escola
Secundária de Porto de Mós e da Escola Secundária de Mira de Aire deslocaram-se
a Lisboa no âmbito da disciplina de Português, com o objetivo de ficarem
motivados para a leitura da peça Farsa de
Inês Pereira de Gil Vicente, um ilustre escritor português do século XVI, e
também com o intuito de contactar com obras de arte de diferentes géneros.
As previsões meteorológicas não eram
favoráveis, porém esteve um dia agradável, propício ao deleite com as vistas
indescritíveis do maravilhoso jardim da Fundação Calouste Gulbenkian.
Segundo testemunhos de alguns alunos, a
visita correu muito bem, desde a simpatia dos condutores dos autocarros até à dos
professores, que cumpriram a sua função na perfeição, passando pelos atores da
companhia de teatro “A Barraca” e incluindo os guias da Fundação Calouste
Gulbenkian. Mas o que, sem dúvida, mais lhes agradou foi a representação da
peça, que foi bastante divertida. Os atores eram excelentes profissionais,
interessantes fisicamente (na ótica de algumas alunas…) e interagiram muito com
o público, convidando alguns alunos e professores a subirem ao palco e a integrarem
uma dança.
É claro que quando falamos da Companhia de
teatro “A Barraca” não podemos deixar de mencionar uma atriz que já contribuiu,
e muito, para o panorama cultural e artístico do nosso país, e que, por
coincidência, encenou a peça que fomos ver. Provavelmente neste momento estão a
perguntar-se “Mas de quem está ela a falar?” Pois bem, estou a falar, nada
mais, nada menos, do que da grande senhora Maria do Céu Guerra que, no final da
representação, disponibilizou algum do seu tempo para conversar connosco sobre
a sua longa experiência no teatro.
Na Fundação Calouste Gulbenkian, mais
concretamente no CAM (Centro de Arte Moderna), os alunos viram a exposição modernista
intitulada “O círculo de Delaunay”. As pinturas expostas eram, em simultâneo,
figurativas e abstratas e motivaram-nos para a interpretação da arte no geral,
incluindo a poesia dos nossos escritores portugueses que vai ser lecionada ao
longo do ensino secundário. Cada peça de arte tinha características muito peculiares
e, embora tenham sido criadas na mesma época, todas tinham apontamentos
diferentes que nos fascinaram. Por vezes esta vertente das artes não é muito
valorizada por grande parte da comunidade estudantil, o que é pena, pois em
Portugal (e também no estrangeiro) há imensos artistas dignos de serem reconhecidos
pelo seu talento e cujas obras, repletas de riscos e cores conjugados entre si,
criam “as verdadeiras obras de arte”.
Em suma, grande parte dos alunos adorou a
visita de estudo e veio de Lisboa com aquela sensação de que valeu a pena e que
mais um passo fora dado para o seu enriquecimento cultural e para o
desenvolvimento de competências para a formação da sua cidadania. Um bocadinho
de adubo foi lançado na sua sementinha do conhecimento que, ao longo destes dez
anos, tem crescido e crescido e que todos os dias se vai fortalecendo. No fundo,
era o que se pretendia e por parte dos professores, verificou-se um grande
contentamento, pois, no fim desta viagem e deste dia cheio de coisas bonitas,
puderam afirmar “Missão cumprida!”
Jornalista: Ana Catarina
Durão, 10º A
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