sexta-feira, 13 de maio de 2016

Não esquecemos as queijadas


 
Na passada quinta-feira, dia 21 de Abril, pelo raiar da manhã, os alunos do 11º ano, fazendo-se acompanhar dos seus professores, realizaram uma saída até Sintra. No âmbito da disciplina de Português, e visando terem uma melhor experiência com a obra Os Maias, de Eça de Queirós, foram assistir a uma representação teatral da mesma, no Centro Cultural Olga Cadaval, seguida posteriormente de um roteiro temático pelos locais marcantes de Sintra, referidos na obra em questão.

No fim da manhã, à chegada ao local da encenação, e depois de respirarmos os primeiros ares tão característicos de Sintra, demos entrada na sala de espetáculos, e aguardámos confortavelmente pelo início da peça. A expectativa era, efetivamente, elevada, o que se refletia na excitação e entusiasmo que iam contagiando toda a plateia.

O espetáculo deu início e correspondeu por inteiro a todas as expectativas que inicialmente se manifestavam. As personagens desempenharam de forma exímia os seus papéis, divertindo os espectadores, e contribuindo para um bom humor geral e uma melhor compreensão da obra.

Dado por terminado o espetáculo, era chegada a hora de almoçar, e, uma vez em Sintra, que lugar melhor haveria para o efeito? Em plena paisagem natural, desfrutámos de uma refeição partilhada. Seguidamente partimos rumo ao palácio de Valenças, magnífico edifício, e muito acolhedor, onde assistimos a um breve resumo da obra “Os Maias” por parte de um guia, dotado de um grande humor, que nos iria acompanhar durante todo o roteiro queirosiano pela tarde.


Iniciámos a caminhada, na qual mirámos de longe o Hotel Nunes e de perto o Hotel Lawrence, locais de denotada importância na obra de Eça, e hoje muito agradáveis à vista de quem passa. Sempre bem esclarecidos, em cada local por onde passávamos, o guia informava-nos de forma rigorosa sobre a história do mesmo, não faltando o curioso detalhe e o importante pormenor em cada descrição.

Antes de alcançarmos o Palácio de Seteais, passámos pela Quinta da Regaleira, imponente e majestoso edifício, num estilo evidentemente gótico e muito singular. Chegados ao destino tão esperado, maravilhámos os nossos olhos e deixámo-nos embeber pela paisagem avassaladora. Sugerido pelo guia, contemplámos compenetradamente a paisagem envolvente, verdadeiro quadro bucólico, cuja descrição corresponde em pleno às palavras de Eça que, no seu romance, tão bem apresentou.

De regresso às ruas da vila, não poderíamos deixar de passar pela célebre “Piriquita”, a fim de degustar a tão afamada iguaria que é a “nossa” queijada de Sintra. Há que notar que é uma experiência única ao nosso palato e não seria legítimo irmos até Sintra sem trazermos connosco esta tão nossa apreciada, e não fazermos como Cruges fez: «Ai que me esqueceram as queijadas!»

Em suma, é sempre agradável passear um dia por entre estes diversos cenários, repletos de um encanto próprio, e perdermo-nos nesta maravilhosa vila que é Sintra. A opinião é geral: o ambiente é propício e convidativo ao convívio entre colegas e professores, proporciona-nos também serenidade e paz de espírito e abre-nos  as portas à criatividade e imaginação, tão necessárias para escapar à monotonia vivida nos dias de hoje.

 
Mariana Nogueira e Gonçalo Ferraria 11º B

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