terça-feira, 9 de maio de 2017

Ecos da Matemática

No âmbito da disciplina de Matemática A foi proposto aos alunos a atividade “Ecos da Matemática”. Esta consiste numa procura de associações à Matemática na área da literatura, música, entre outras.
Neste sentido apresenta-se mais um trabalho realizado por um grupo de alunos do décimo primeiro ano da Escola Secundária de Porto de Mós.


22:30 – Já são dez e meia? Nem me lembrava que já tinha jantado.”
23:55 – Convenço-me a mim mesmo em voz alta “Bem, à meia noite vou dormir.”
00:55 – Olho para o relógio, culpo a mudança de hora que aconteceu há duas semanas e deito-me na cama.
00:56 – Pego no telemóvel e começo a ver o Instagram.
01:25 – Acabo de pôr likes em duas louras e ponho o telemóvel na mesa de cabeceira.
01:26 – Pego no telemóvel porque me esqueci de pôr o alarme. Pouso o telemóvel.
01:30 – Deito-me e penso “Ah, sabes, hoje vou dormir mesmo bem.”
01:31 – Ouço os meus pais a fazer barulho no quarto. Suponho que estão a arrumar alguma coisa porque ouço um móvel a arranhar o chão durante bastante tempo. Não posso por fones com música porque durmo de lado e depois dói-me as orelhas.
01:40 – Dá-se uma mudança de posições que me parece durar uma eternidade. Viro-me para o lado esquerdo. Viro-me para o lado direito. Começa a doer-me o braço por causa do peso que o meu corpo faz sobre ele. Viro-me para cima. Não me apetece dormir virado para cima.
02:00 – “Eh pá f***-**!”, grito, ecoando pela casa inteira. “Ok, calma, não me posso exaltar. Se me começo a irritar aí é que não consigo mesmo adormecer. Vou tentar outra vez.”
02:03 – Arranjo uma posição fixe. Começo a ter questões existenciais como “Qual será o propósito da vida?” ou “Porque é que Educação física ainda conta para a média?”.
02:15 – “Tenho de parar de pensar em coisas.”. Tento, e, mentalizo-me que não vou pensar em nada.
02:27 – Ainda não consegui adormecer. “Não, nem pensar. Não vou contar carneiros. Essa porcaria é bué cliché. Já sei, vou contar Saras Sampaio. Ya, é isso.”. Experimento mas não funciona. “Quero dormir!!!”.
02:30 – Pego no telemóvel para ver que horas são. “Já são duas e meia? Puto, eu tenho de acordar ás sete da manhã.” Pouso o telemóvel de novo e deito-me.
02:31 – Começo a fazer contas. “Ok, se eu adormecer às três ainda durmo quatro horas até ao despertador. Ok, Tranquilo.”. Penso melhor. “Quatro horas?!”
02:40 – Já estou a sentir-me mais mole. Adormeço.
07:00 – Começa a tocar uma música dos D.A.M.A. no meu Iphone. Acordo. Na minha cabeça parece que estive a dormir durante 15 minutos. Desato a chorar.
Luz, Miguel, 2016. Curso Intensivo para Sobreviveres à Escola. Lisboa: Manuscrito Editora (pp. 33 a 35)

O excerto atrás apresentado pertence ao livro “Curso intensivo para sobreviveres à escola” de Miguel Luz. Este livro apresenta a vida dos estudantes no geral e algumas dicas para “sobreviver”. O autor apresenta esta temática de uma forma cómica e, por vezes, séria.
Neste excerto, o autor representa, sob forma escrita, todo um processo que antecede o adormecimento dos jovens estudantes, no geral.
Podemos observar que para cada hora que o autor considerou importante, foi feita uma caracterização do momento e procede a alguns cálculos.

Com estas observações, podemos concluir que o excerto se relaciona com a Matemática.

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