É desta forma que o Google presta homenagem a Antero Tarquínio de Quental nascido em Ponta Delgada a 18 de abril de 1842. Comemora-se, pois o 170º ano do seu nascimento.
Foi escritor, político e poeta português.
Em julho de 1855 foi estudar para Coimbra matriculando-se na Faculdade de Direito , curso que concluiu em julho de 1864. Em 1865 envolveu-se na polémica conhecida por Questão Coimbrã, em que humilhou António Feliciano de Castilho, seu antigo professor e crítico literário que se tinha como exemplo para os escritores nacionais. Antero, na obra "Bom Senso e Bom Gosto", definia a sua literatura por oposição à instituída: ao Ultra-Romantismo decadente, torpe, beato, estupidificante e moralmente degradado, Antero opunha o Realismo, a exposição da vida tal como ela era, das chagas da sociedade, da pobreza, da exploração. Antero defendia a poesia como "Voz da Revolução", como forma de alertar as consciências para as desigualdades sociais e para os problemas da humanidade.
Em 1866 foi viver em Lisboa, onde trabalhou como tipógrafo, profissão que também exerceu em Paris no ano de 1867.Em 1868 regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, de que fizeram parte, entre outros, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão. Em 1874 adoeceu de psicose maníaco-depressiva, que desde então o afligiu, acabando por suicidar-se.
Em 1866 foi viver em Lisboa, onde trabalhou como tipógrafo, profissão que também exerceu em Paris no ano de 1867.Em 1868 regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, de que fizeram parte, entre outros, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão. Em 1874 adoeceu de psicose maníaco-depressiva, que desde então o afligiu, acabando por suicidar-se.
Obras principais:
Poesia:
Poesia:
Sonetos, 1861; Beatrice, 1863; Odes Modernas, 1865; Primaveras Românticas - Versos dos Vinte Anos, 1872; Sonetos, 1881; Sonetos Completos, 1886; Raios de Extinta Luz, 1892;
Prosa:
Prosa:
Cartas de Antero de Quental, 1915; Cartas Inéditas de Antero de Quental a Oliveira Martins, 1931; Cartas Inéditas de Antero de Quental a Wilhelm Storck, 1931; Cartas de Antero de Quental a Antônio Azevedo Castelo Branco, 1942.
Aqui vos deixamos um dos seus poemas.
A um Poeta
Tu que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno.
Acorda! É tempo! O sol, já alto e pleno
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares
Um mundo novo espera só um aceno...
Escuta! É a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!
Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!
Antero de Quental, in "Sonetos"
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno.
Acorda! É tempo! O sol, já alto e pleno
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares
Um mundo novo espera só um aceno...
Escuta! É a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!
Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!
Antero de Quental, in "Sonetos"
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