Como professora
de Matemática A do 12º ano, no início do ano letivo, propus aos meus alunos
uma atividade de enriquecimento extracurricular. Esta consiste em encontrar Matemáticos
que tivessem nascido ou falecido no mês corrente, recolhendo algumas
curiosidades da sua vida e o modo como contribuíram para esta área
científica.
Aliado ao facto de que existem ou existiram pessoas cujos nomes são muitas vezes desconhecidos, mas que, ao longo dos vários séculos deram o seu contributo para a Matemática, os objetivos desta atividade são incentivar a curiosidade e ampliar os conhecimentos.
Aliado ao facto de que existem ou existiram pessoas cujos nomes são muitas vezes desconhecidos, mas que, ao longo dos vários séculos deram o seu contributo para a Matemática, os objetivos desta atividade são incentivar a curiosidade e ampliar os conhecimentos.
Alguns alunos já
deram o seu contributo, sendo os seus trabalhos, resultado de variadas
pesquisas, publicados na página da disciplina e comentados nas aulas. Como
aderiram com entusiasmo à sugestão da divulgação dos mesmos do
Jornal do Agrupamento vamos passar à sua publicação.
Graça Ferreira Carreira
Esteve na cadeira de matemática no
Colégio Real de França. A condição de estar nesta cadeira era que o titular
devia propor questões matemáticas para solucionar, e devia renunciar em favor
de qualquer pessoa que tivesse resolvido tais questões melhor do que ele. Mas,
apesar disso, Roberval foi capaz de manter a cadeira até sua morte.
Roberval foi um dos matemáticos que,
pouco antes da invenção do cálculo infinitesimal, ocuparam a atenção dos
problemas que só são solucionáveis, ou podem ser resolvidos mais facilmente,
por algum método que envolve limites ou infinitesimais, que hoje seria
resolvido pelo cálculo. Ele trabalhou na quadratura das superfícies e da
cubagem de sólidos, que ele realizou, em alguns dos casos mais simples, através
de um método original que ele chamou de "Método dos indivisíveis",
mas ele perdeu boa parte do crédito da descoberta, mantendo o seu método para
uso próprio.
Artur
Fonseca,nº5 do 12ºA
Ensinou na Universidade de Jena no departamento de Matemática onde
permaneceu o resto da sua vida profissional. Inicialmente ensinava qualquer
ramo da matemática mas as suas publicações eram fundamentalmente no campo da
lógica.
Os seus estudos em Filosofia da Lógica, Filosofia da Matemática e Filosofia da Linguagem fazem de Frege
um dos maiores matemáticos, lógicos e filósofos de sempre.
Frege
queria mostrar que a aritmética era idêntica à lógica e pode-se dizer que
recriou a disciplina da lógica ao construir o primeiro «cálculo de predicados».
Um cálculo de predicados é um sistema formal constituído por duas componentes:
a linguagem formal e a lógica.
Tal como Leibniz (1646-1716), Frege pensava que a característica específica
da Matemática era a construção de cálculos que poderiam ser interpretados sem
referência a números ou quantidades.
Frege foi mais longe do que qualquer dos seus
predecessores na sua exigência de rigor formal dentro da lógica, e a teoria dedutiva ou cálculo que elaborou é a maior realização alguma vez alcançada na história da lógica.
Confrontado com a ambiguidade da linguagem usual e com a inadequação dos
sistemas lógicos existentes, Frege inventou inúmeras notações simbólicas, tais
como quantificadores e variáveis, que pudessem
fornecer fundamentos para a lógica matemática moderna. No entanto, o seu
trabalho não foi muito bem recebido. Aliás, pode mesmo dizer-se que,
inicialmente, foi ignorado.
Frege faleceu a 26 julho de 1925 na Alemanha.
"Infelizmente, é pouco reconhecido o facto
dos livros científicos mais importantes serem aqueles onde o autor diz com
clareza aquilo que não sabe". (Galois).
Foi um dos
maiores matemáticos de todos os tempos e um exemplo de um precoce génio
matemático. Não só resolveu um dos problemas mais antigos, ao determinar a
condição necessária e suficiente para que um polinómio
pudesse ser resolvido por raízes, como criou um domínio inteiramente novo da álgebra
abstracta: a Teoria dos Grupos.
Galois cresceu
durante um período de grande agitação social e política, colocando-se, frequentemente,
no centro de controvérsias, o que não apenas o afastou de sua brilhante
carreira, como também acabou por levá-lo a uma morte prematura. Mas, antes de
morrer, deixou os seus inéditos manuscritos científicos (Escritos de Galois)
ao seu amigo Auguste Chevalier, também matemático, juntamente com uma carta
escrita na véspera da sua morte.
O seu principal
trabalho foi sobre a possibilidade de resolução das equações algébricas, mas
este não foi considerado digno de atenção pelo grande A. Cauchy e tido por
demasiado obscuro por Poisson. Só em 1846, vários anos após a sua morte, foi
publicado por J. Liouville, no seu jornal, mas a sua importância só foi
compreendida quando C. Jordan consagrou o seu Tratado das Substituições a
Equações Algébricas.
Este havia conseguido
expor as condições necessárias e suficientes à resolução das equações
algébricas por meio de radicais.
O seu trabalho só foi reconhecido uma década após a sua morte,
chegando-se à conclusão de que Galois tinha de facto formulado uma completa
explicação de como se poderia obter soluções para as equações do quinto grau.
Diana Ferreira 12ºA
Leonhard
Euler nasceu a 15 de abril de 1707, na Suíça, e morreu a 18 de setembro de
1783, na Rússia.
Foi um grande matemático e físico suíço, pois fez importantes descobertas em campos variados. Ele contribuiu de variadas formas para a Matemática no campo da terminologia e notação, em especial para as análises matemáticas, como a noção de uma função.
Euler é considerado um dos mais “proeminentes matemáticos do século XVIII”, uma declaração feita por Pierre- Simon Laplace, um outro matemático que muito cooperou, sobretudo no campo das probabilidades.
Na Matemática um dos seus contributos foi a chamada fórmula de Euler, esta fórmula matemática mostra a relação entre as funções trigonométricas e a função exponencial. A fórmula é dada por:
Foi um grande matemático e físico suíço, pois fez importantes descobertas em campos variados. Ele contribuiu de variadas formas para a Matemática no campo da terminologia e notação, em especial para as análises matemáticas, como a noção de uma função.
Euler é considerado um dos mais “proeminentes matemáticos do século XVIII”, uma declaração feita por Pierre- Simon Laplace, um outro matemático que muito cooperou, sobretudo no campo das probabilidades.
Na Matemática um dos seus contributos foi a chamada fórmula de Euler, esta fórmula matemática mostra a relação entre as funções trigonométricas e a função exponencial. A fórmula é dada por:
em que :
x é um número real;
e é a base do logaritmo natural;
seno e co-seno são funções trigonométricas.
Benoit Mandelbrot
(1924-2010)
Cedo foi introduzido a conceitos
matemáticos e físicos por vários
membros da família ligados ao mundo académico.
A sua mãe foi
uma das primeiras médicas licenciadas na Rússia e o seu tio,
responsável pela sua educação, era professor de Matemática
no Collège de
France em Paris.
A família Mandelbrot fugiu para França em 1936, três anos após a subida de Hitler ao poder e três anos antes do
início
da II.ª Guerra Mundial.
A família Mandelbrot fugiu para França em 1936, três anos após a subida de Hitler ao poder e três anos antes do
Benoit frequentou
o Lycze Rolin em Paris, depois estudou em Lyon, e, mais
tarde, foi para os EUA. Por fim estudou na École Polytechnique e na Sorbonne, em Paris e no Instituto Californiano de Tecnologia. A sua carreira académica dividiu-se principalmente entre França e EUA.
Este foi o primeiro
homem a descrever o mundo da forma como ele é. Antes de Benoit quase toda a
geometria que se conhecia era fundada pelo grego Euclides, que era a geometria
das linhas, dos pontos, das esferas, dos cones, etc.
Mandelbrot começou a
ficar um pouco insatisfeito em relação à Geometria Clássica, uma vez que, ao
explorar e resolver diversos problemas, os pontos, as linhas rectas e os
círculos não demonstravam ser abstracções adequadas para compreender a
complexidade da natureza.
Ele deixou bem claro
que as irregularidades da natureza são de uma regularidade impressionante, desvendando
uma realidade além da imaginação: um lugar onde coisas infinitamente grandes
podem caber num espaço pequeno e limitado, uma terra com mais dimensões do que
as três que nós conseguimos ver.
A sua pesquisa
forneceu teorias matemáticas para o fenómeno da probabilidade errática e
métodos de auto-semelhanças em probabilidades. Pesquisas realizadas sobre
processos esporádicos, termodinâmica, geomorfologia, gráficos e arte (com a
ajuda do computador) criaram e desenvolveram a geometria fractal.
Este prodigioso e
ilustre matemático contemporâneo é conhecido mundialmente como sendo o único
responsável pelo enorme interesse nos chamados objectos fractais. Hoje em dia a
sua geometria é conhecida através de bonitas ilustrações coloridas que,
enriqueceram tanto a matemática moderna como a arte.
O
que é um fractal?
Um
fractal é um objecto geométrico que pode
ser dividido em partes, cada uma das quais semelhantes ao objecto original. Os
fractais têm infinitos detalhes, são geralmente autossimilares e não dependem
de escala. Em muitos casos um fractal pode ser gerado por um padrão repetido. A
geometria fractal foi descoberta em 1970 e o termo fractal foi criado em 1975 a
partir do adjectivo latino fractus,
que significa quebrar.
Daniela Silva nº12 12ºA
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