sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Antes e o Depois


Estado Novo/ Democracia


O “Estado Novo” era bastante desrespeitador relativamente à liberdade concedida ao povo. Este tipo de regime não permitia que as pessoas dissessem mal do governo ou comentassem o que lhes ”ia na alma”, e se alguém ouvisse algo que pusesse em causa a credibilidade do governo, contava à PIDE que era uma espécie de polícia politica que interrogava e prendia aqueles que eram acusados de difamar o governo.
Devido ao descontentamento existente por parte dos portugueses em relação às más condições de vida, à falta de liberdade e muitas outras causas, um grupo de jovens formou o Movimento das Forças Armadas (MFA) que pretendia acabar com a ditadura.

A colaboração entre o Movimento das Forças Armadas e a rádio começa muito antes do dia 25 de abril de 1974. Os contactos são feitos entre militares e jornalistas de várias emissoras, preparando-se tudo para que a revolução resultasse. 5 minutos antes das 23h, do dia 24 de abril de 1974, na rádio Alfabeta o locutor de serviço - João Paulo Dinis - "lançou" a música "E depois do adeus" de Paulo de Carvalho.


 Era o sinal para as tropas avançarem.
Na Rádio Renascença a gravação do alinhamento, que viria a ser o sinal para o desencadear das operações, foi feita na tarde do dia 24 de abril, para ser emitida no Programa «Limite», que era realizado em direto, mas algumas partes eram previamente gravadas. Era numa dessas gravações que estava a «senha» - a primeira quadra da música «Grândola, Vila Morena», de Zeca Afonso.
Passavam vinte minutos da meia-noite, quando a gravação foi difundida:
Grândola vila morena
terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti ó cidade




Assim, no dia 25 de abril de 1974, o MFA levou a cabo um golpe militar que derrubou, num só dia, o regime político que governava em Portugal desde 1926.

Não foi uma revolução normal, porque, em vez de haver sangue e armas com balas, houve, na ponta das espingardas, cravos que simbolizam uma vida nova e mudança. Este acontecimento ficou conhecido como a Revolução dos Cravos e foi muito admirado em toda a Europa.

A partir dessa data as pessoas passaram a ser livres de expressarem os seus sentimentos e pensamentos sem que ninguém seja punido ou castigado.


É estranho que hoje em dia se verbalizem várias expressões como “No tempo de Salazar é que era bom…” ou “…o que faz falta é outro Salazar.”

O regime de que nos livrámos era baseado na censura, intolerância e injustiça.
Ana Carolina 8º C

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