Estado Novo/ Democracia
O “Estado Novo” era bastante desrespeitador
relativamente à liberdade concedida ao povo. Este tipo de regime não permitia
que as pessoas dissessem mal do governo ou comentassem o que lhes ”ia na alma”,
e se alguém ouvisse algo que pusesse em causa a credibilidade do governo,
contava à PIDE que era uma espécie de polícia politica que interrogava e
prendia aqueles que eram acusados de difamar o governo.
Devido ao descontentamento existente por parte
dos portugueses em relação às más condições de vida, à falta de liberdade e
muitas outras causas, um grupo de jovens formou o Movimento das Forças Armadas
(MFA) que pretendia acabar com a ditadura.
Era o sinal para as tropas avançarem.
Na
Rádio Renascença a gravação do alinhamento, que viria a ser o sinal para o
desencadear das operações, foi feita na tarde do dia 24 de abril, para ser
emitida no Programa «Limite», que era realizado em direto, mas algumas partes
eram previamente gravadas. Era numa dessas gravações que estava a «senha» - a
primeira quadra da música «Grândola, Vila Morena», de Zeca Afonso.
Passavam
vinte minutos da meia-noite, quando a gravação foi difundida:
Grândola vila morena
terra da fraternidade
O povo é quem mais
ordena
Dentro de ti ó cidade
Assim, no dia 25 de abril de 1974, o MFA levou a cabo um golpe militar que derrubou, num só dia, o regime político que governava em Portugal desde 1926.
Não foi uma revolução
normal, porque, em vez de haver sangue e armas com balas, houve, na ponta das
espingardas, cravos que simbolizam uma vida nova e mudança. Este acontecimento
ficou conhecido como a Revolução dos
Cravos e foi muito admirado em toda a Europa.
A partir dessa data as pessoas passaram a ser livres de expressarem os seus sentimentos e pensamentos sem que ninguém seja punido ou castigado.
É estranho que hoje em dia se verbalizem várias expressões como “No tempo de Salazar é que era bom…” ou “…o que faz falta é outro Salazar.”
O regime de que nos
livrámos era baseado na censura, intolerância e injustiça.
Ana Carolina 8º C
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