terça-feira, 15 de maio de 2012

Para quem gosta de poesia...


Ai que bom seria, este frio acabar

(vilancete)


Ai que bom seria

Este frio acabar




Tal calma traria

Ouvir-vos jurar

Seu amor, um dia

Olhar cruzaria

E ao sussurrar,

Não vos mais deixar:

Ai que bom seria!





Mas noutro luar

Vós não voltaríeis.

Desgosto d'amar,

Por quem ansiar?

De todo veria

(Jeitos em quais cri)

Este frio acabar.

Tomás Duarte Franco

N.º 15 – 10º C1

Folha de canela

Folha de canela,
Sombria te vejo
Verde te almejo
 

De tronco escuro
Sustentas-me ali.
Assim que já vi
De outras verduras
Tua tão candura
Voz, que tanto almejo
Tão verde te vejo
 

Sentado, ao rio
Sinto renascer
Venho a temer)
Meu desvario,
Pois raízes crio.
Cabelos que vejo
Ao meu beira-Tejo!


Sombrio te olho,
Me encontras notado,
Que a canela folha
Que voa ao meu lado
Faz dum riso dado
Enorme desejo
Assim te eu vejo.
 
Tomás Duarte Franco
N.º 15 – 10º C1
11/03/2012

Poeta

Um dia vivo, outro dia louco
Se vive por viver, a vida lhe sabe a pouco
 
 
 
E se vive por morrer,
Crava-o
Duramente
no papel.
E extasia-se com a sua melancólica criação,
extasia-se com a sua melancólica criação
mas não se desvenda.
 
 
 
Cravam-lhe
Duramente
no coração e na alma,
Gritos e risos e fugas e avisos ardentes.
E deixa-se extasiar, e cria.
e cria,
mas não se desvenda.
 
 
 
Um dia vivo, outro dia louco
Um dia vivo, outro dia morto
mas não se desvenda
não se desvenda
não.
Tomás Duarte Franco
N.º 15 – 10º C1


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