Ai que bom seria, este frio acabar
(vilancete)
Ai que bom seria
Este frio acabar
Tal calma traria
Ouvir-vos jurar
Seu amor, um dia
Olhar cruzaria
E ao sussurrar,
Não vos mais deixar:
Ai que bom seria!
Mas noutro luar
Vós não voltaríeis.
Desgosto d'amar,
Por quem ansiar?
De todo veria
(Jeitos em quais cri)
Este frio acabar.
Tomás
Duarte Franco
N.º
15 – 10º C1
Folha de canela
Folha de canela,
Sombria te vejo
Verde te almejo
De tronco escuro
Sustentas-me ali.
Assim que já vi
De outras verduras
Tua tão candura
Voz, que tanto almejo
Tão verde te vejo
Sentado, ao rio
Sinto renascer
Venho a temer)
Meu desvario,
Pois raízes crio.
Cabelos que vejo
Ao meu beira-Tejo!
Sombrio te olho,
Me encontras notado,
Que a canela folha
Que voa ao meu lado
Faz dum riso dado
Enorme desejo
Assim te eu vejo.
Tomás
Duarte Franco
N.º
15 – 10º C1
11/03/2012
Poeta
Um dia vivo, outro dia louco
Se vive por viver, a vida lhe sabe a pouco
E se vive por morrer,
Crava-o
Crava-o
Duramente
no papel.
E extasia-se com a sua melancólica
criação,
extasia-se com a sua melancólica criação
mas não se desvenda.
Cravam-lhe
Duramente
no coração e na alma,
Gritos e risos e fugas e avisos ardentes.
E deixa-se extasiar, e cria.
e cria,
mas não se desvenda.
Um dia vivo, outro dia louco
Um dia vivo, outro dia morto
mas não se desvenda
não se desvenda
não.
Tomás Duarte Franco
N.º 15 – 10º C1
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