sábado, 4 de julho de 2020

MULTICULTURALIDADE NA ESPM


No âmbito da componente curricular Cidadania e Desenvolvimento e do tema selecionado para este ano letivo, Multiculturalidade, o nosso grupo decidiu entrevistar dois alunos da Escola Secundária de Porto de Mós que são provenientes de outros países. Com este trabalho, procurámos saber mais do ponto de vista dos que nos visitam e como foi a sua adaptação. Criámos algumas perguntas sobre a sua integração em Portugal e, mais especificamente, no nosso concelho e na nossa escola.

GRUPO - Qual o teu nome, origem e há quanto tempo estás em Portugal?
MARIA: - Sou a Maria González, venho do México e estou em Portugal há quase dois anos.
RAPHAEL:-  Sou o Raphael Guedes, estou cá há pouco mais de dez meses e sou oriundo do Brasil.

                GRUPO Como está a ser a tua adaptação?
MARIA: - No início foi mais difícil, mas agora está melhor. Pensava que a comunicação com os outros seria muito mais complicada e acho que está a ser uma experiência muito enriquecedora.
RAPHAEL: - É relativo, as coisas não são muito fáceis por ser uma cultura muito diferente.

                GRUPO- Quais são, para ti, as grandes diferenças entre os dois países?
MARIA: - A comida e a cultura são as mais distintas. Em relação à comida gosto mais da do México, mas a da minha avó é excelente. No dia a dia, notei uma grande diferença na rotina e no ambiente, pois lá vivia numa grande cidade e cá não.
RAPHAEL: - As maiores diferenças estão na alimentação, na diversão e na receção. Nós, brasileiros, não temos o costume de comer sopa, por exemplo; no Brasil somos mais festeiros e lá as pessoas são mais gentis e recetivas.

             GRUPO- Quais as diferenças do sistema de ensino do teu país e de Portugal?
MARIA: Os horários da escola de lá eram menos cansativos, as aulas eram só de manhã o que dava tempo para descansar”.
RAPHAEL:  No Brasil, as condições de lotação das salas de aula e a grande população faz com que exista uma grande sobrelotação em pequenos espaços o que gera uma falta de condições.

GRUPO- O que achas das pessoas de cá?
MARIA: - São pessoas acolhedoras e amáveis. Desde o início que tentaram ajudar-me na adaptação”.
RAPHAEL: - A cultura dos portugueses é muito diferente da nossa.  A palavra “rude” é aquela que considero que melhor define o povo português, não no geral, mas por vezes são pessoas agressivas”.


   Depois de terminarmos as entrevistas, retirámos conclusões curiosas.
Percebemos que, em certos aspetos, as respostas são totalmente opostas e que, consoante o país de onde vêm, os pontos de vista diferem. Enquanto que o Raphael considerou o nosso país mais fechado e menos acolhedor que o seu, a Maria achou os portugueses “acolhedores e amáveis”. Pensamos que esta diferença de opiniões está também relacionada com o seu país de origem, pois no Brasil vive-se de uma maneira mais livre que em Portugal e no México a vida é mais idêntica à nossa.
Resta-nos agradecer a prestimosa colaboração destes nossos colegas que, prontamente, acederam em responder às nossas questões, tornando assim possível a concretização do nosso projeto da Cidadania.

 Ana Vazão, Filipa Ferreira, Maria González, Rodrigo Marto, do 11º A

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