No âmbito da componente
curricular Cidadania e Desenvolvimento e do tema selecionado para este ano
letivo, Multiculturalidade, o nosso grupo decidiu entrevistar dois alunos da Escola
Secundária de Porto de Mós que são provenientes de outros países. Com este trabalho,
procurámos saber mais do ponto de vista dos que nos visitam e como foi a sua
adaptação. Criámos algumas perguntas sobre a sua integração em Portugal e, mais
especificamente, no nosso concelho e na nossa escola.
GRUPO
- Qual o teu nome, origem e há quanto tempo estás em Portugal?
MARIA: - Sou
a Maria González, venho do México e estou em Portugal há quase dois anos.
RAPHAEL:- Sou o Raphael Guedes, estou cá há pouco mais
de dez meses e sou oriundo do Brasil.
GRUPO Como está a ser a tua
adaptação?
MARIA: - No
início foi mais difícil, mas agora está melhor. Pensava que a comunicação com
os outros seria muito mais complicada e acho que está a ser uma experiência
muito enriquecedora.
RAPHAEL: - É
relativo, as coisas não são muito fáceis por ser uma cultura muito diferente.
GRUPO- Quais são, para ti, as
grandes diferenças entre os dois países?
MARIA: - A
comida e a cultura são as mais distintas. Em relação à comida gosto mais da do
México, mas a da minha avó é excelente. No dia a dia, notei uma grande
diferença na rotina e no ambiente, pois lá vivia numa grande cidade e cá não.
RAPHAEL: - As
maiores diferenças estão na alimentação, na diversão e na receção. Nós,
brasileiros, não temos o costume de comer sopa, por exemplo; no Brasil somos
mais festeiros e lá as pessoas são mais gentis e recetivas.
GRUPO- Quais as diferenças do sistema de ensino do teu país e de
Portugal?
MARIA: Os
horários da escola de lá eram menos cansativos, as aulas eram só de manhã o que
dava tempo para descansar”.
RAPHAEL: No Brasil, as condições de lotação das salas
de aula e a grande população faz com que exista uma grande sobrelotação em
pequenos espaços o que gera uma falta de condições.
GRUPO-
O que achas das pessoas de cá?
MARIA: - São
pessoas acolhedoras e amáveis. Desde o início que tentaram ajudar-me na
adaptação”.
RAPHAEL: - A
cultura dos portugueses é muito diferente da nossa. A palavra “rude” é aquela que considero que
melhor define o povo português, não no geral, mas por vezes são pessoas
agressivas”.
Depois de terminarmos as entrevistas,
retirámos conclusões curiosas.
Percebemos que, em certos
aspetos, as respostas são totalmente opostas e que, consoante o país de onde
vêm, os pontos de vista diferem. Enquanto que o Raphael considerou o nosso país
mais fechado e menos acolhedor que o seu, a Maria achou os portugueses
“acolhedores e amáveis”. Pensamos que esta diferença de opiniões está também
relacionada com o seu país de origem, pois no Brasil vive-se de uma maneira
mais livre que em Portugal e no México a vida é mais idêntica à nossa.
Resta-nos agradecer a
prestimosa colaboração destes nossos colegas que, prontamente, acederam em
responder às nossas questões, tornando assim possível a concretização do nosso
projeto da Cidadania.
Ana Vazão, Filipa
Ferreira, Maria González, Rodrigo Marto, do 11º A
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