Naquela manhã, Hans tinha outra vez sonhado com
o seu regresso a Vig. Perguntava-se como estariam os seus irmãos. Nesse
instante, foi interrompido pelo seu filho mais novo, Pedro. Apesar da tenra
idade, era o que mais se parecia, no modo de ser, com o pai. Partilhavam o
gosto pela aventura, e, mais importante, pelo mar. Pedro disse-lhe:
- Bom dia pai. Como está hoje?
- Não muito bem, meu filho. Cada dia sinto
mais saudades de Vig e dos meus irmãos.
- Pai, não o percebo. O que impede, agora, de
os visitar?
Hans pensou. O que o impedia agora? De certo
os irmãos não guardavam o mesmo sentimento de desilusão que o pai.
- Tens razão! Vens comigo?
A viagem demorou três dias que passaram a
voar para Hans. Como sentia falta do mar!
No passeio que deu pela ilha, ia tendo doces
recordações de infância, mas onde estariam os seus irmãos? Decidiu pedir
informações sobre a sua família.
A passo largo com o filho, pensou para com os
seus botões. Trazia lembranças e fotos de toda a família na mala, mas seria bem
recebido?
Era aquela a casa.
Bateu e foi-lhe aberta a porta por uma mulher
de cabelhos curtos grisalhos e olhos doces. Era a sua irmã Ann, que também o
reconheceu logo com um sorriso e lágrimas de alegria nos olhos.
Daniela
Franco
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