Eram exatamente seis horas, o sol começara a
nascer, enquanto a lua, desaparecia por detrás das nuvens. Hans acordou e
desceu a escadaria de madeira para se poder reunir com Hoyle. Este estava
sentado no velho cadeirão, levando o cachimbo á boca, como sempre fazia, olhou
para Hans e apontou para o correio.
Hans não se encontrava entusiasmado com a
carta, pois já saberia qual seria a resposta. Foi então que ao ler a carta se
levantou e disse:
-É hoje que partirei para Vig .
Hoyle abriu ligeiramente a boca, surpreso,
mas ao olhar para Hans, acenou em sinal de concordância.
Nessa manhã, os marinheiros prepararam o
barco. Depois do almoço desceram os dois carregando os pesados malões e foram
até ao porto da cidade, de onde embarcaram em direção a VIg.
A viagem foi longa, mas fácil, as ondas
encontravam-se calmas. Quando desembarcou, Hans sentiu o cheiro a maresia,
olhou para o promontório e levou à cara um sorriso.
Eram quase sete quando Hans chegou à antiga
casa, bateu à porta e para sua grande surpresa foi o pai quem lha abriu. Hans
esperava que ele começasse a gritar e o mandasse embora, mas ao invés disso Sorën abraçou-o e chorou. A sua irmã e mãe apareceram
depois enchendo lhe a cara de beijos.
Esta ação provou a Hans que era ali
que ele queria estar, vivendo feliz com a família.
Na manhã seguinte, Hans desceu até
ao extremo da ilha e despediu-se de Hoyle, abraçou-o fortemente e agradeceu-lhe
por tudo e por o ter tratado tão bem.
-Até à vista. -disse Hoyle alegremente.
Hans sorriu e ficou a ver o barco a
desaparecer no horizonte. Estava agora verdadeiramente feliz, poderia recomeçar
do zero, ter uma nova vida e um novo sonho.
Matilde Correia 8ºE
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