terça-feira, 5 de abril de 2016

O regresso a Vig


   Eram exatamente seis horas, o sol começara a nascer, enquanto a lua, desaparecia por detrás das nuvens. Hans acordou e desceu a escadaria de madeira para se poder reunir com Hoyle. Este estava sentado no velho cadeirão, levando o cachimbo á boca, como sempre fazia, olhou para Hans e apontou para o correio.
  Hans não se encontrava entusiasmado com a carta, pois já saberia qual seria a resposta. Foi então que ao ler a carta se levantou e disse:
    -É hoje que partirei para Vig .
  Hoyle abriu ligeiramente a boca, surpreso, mas ao olhar para Hans, acenou em sinal de concordância.
  Nessa manhã, os marinheiros prepararam o barco. Depois do almoço desceram os dois carregando os pesados malões e foram até ao porto da cidade, de onde embarcaram em direção a VIg.
  A viagem foi longa, mas fácil, as ondas encontravam-se calmas. Quando desembarcou, Hans sentiu o cheiro a maresia, olhou para o promontório e levou à cara um sorriso.
  Eram quase sete quando Hans chegou à antiga casa, bateu à porta e para sua grande surpresa foi o pai quem lha abriu. Hans esperava que ele começasse a gritar e o mandasse embora, mas ao invés disso Sorën abraçou-o e chorou. A sua irmã e mãe apareceram depois enchendo lhe a cara de beijos.
  Esta ação provou a Hans que era ali que ele queria estar, vivendo feliz com a família.
  Na manhã seguinte, Hans desceu até ao extremo da ilha e despediu-se de Hoyle, abraçou-o fortemente e agradeceu-lhe por tudo e por o ter tratado tão bem.
  -Até à vista. -disse Hoyle alegremente.
  Hans sorriu e ficou a ver o barco a desaparecer no horizonte. Estava agora verdadeiramente feliz, poderia recomeçar do zero, ter uma nova vida e um novo sonho.

Matilde Correia 8ºE

      








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