A obra vicentina foi retomada pela companhia
teatral “A Barraca”, nomeadamente a peça de teatro “A Farsa de Inês Pereira”.
No dia 31/01/2017 um grupo de alunos do 10º ano de várias turmas, incluindo eu, foram ver essa
peça de teatro.
Durante uma hora e meia de teatro vicentino, no auditório “A
Barraca” em Lisboa, foi representado um belo espetáculo. Vivenciar o Teatro de
Gil Vicente é sempre uma experiência muito agradável, engraçada, mas também
conduz à reflexão, pois o teatro de Gil Vicente tem sempre duras criticas à sociedade
da época, mas também é criticada a sociedade atual, pois não houve assim tantas
modificações em termos de pensamento. Um dos lemas da Obra Vicentina é “Ridendo
castigat mores”, a rir se criticam os costumes e esta obra foi um belo exemplo
disso. “A Farsa de Inês Pereira”, considerada uma das melhores peças de teatro
de Gil Vicente e para alguns a melhor, é sem duvida uma peça de teatro
excelente.
Esta foi uma das turmas -10ºCPMMSAU |
A peça de teatro em si tem uma história
interessante, mas os atores também ajudaram. Foi uma peça teatral muito bem
dramatizada, a encenadora desta peça foi Maria do Céu Guerra, houve uma
fantástica interação com o público e sempre com comicidade. Inês era uma jovem
que queria casar, porque estava farta de estar sempre em casa e presa, mas
casou com o homem errado, um Escudeiro, que sabia ler, escrever, tocar viola,
falava muito bem, o suposto homem ideal, mas que exercia violência doméstica
sobre Inês. Inês vivia angustiada, muito pior do que quando estava solteira,
mas, entretanto, o seu marido foi à guerra, desertou e foi morto por um pastor
(belo cobarde!). O medo de Inês passara e ela estava livre, acordou para a
realidade e casou com o homem que realmente gostava dela, um homem rico,
camponês, que não sabia falar, muito saloio, mas que gostava dela mais do que tudo.
Esta experiência foi espetacular, importante
para a compreensão do Teatro de um dos “grandes portugueses”. É realmente
diferente ler um texto dramático e vê-lo ser dramatizado. É muito melhor ver a
dramatização! Aconselho vivamente a assistência desta peça teatral, uma
experiência a não perder!
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