O desenvolvimento da nossa "veia
artística" dá-se pela experiência enriquecedora de uma boa peça de arte.
Apenas podemos criticar algo que conhecemos
por experiência.
A representação da peça vicentina, retomada
pela companhia de teatro "A Barraca", foi deveras impressionante e
inesperada.Tive a oportunidade de assistir à mesma no dia 31 de janeiro e,
para surpresa minha, a suposta duração da peça (1h 30 min) não seria algo
pensável dada a facilidade com que a entendemos e nos rimos da mesma.
O "cómico" é uma das grandes
características inerentes à obra de Gil Vicente, que procura cativar o público
procurando também diverti-lo com momentos de obscenidade considerados, naquele
tempo, impróprios e inadequados.
A responsável pela encenação da peça "A
Farsa de Inês Pereira", Maria do Céu Guerra, está, a meu ver, de parabéns
pela simplicidade e facilidade com que uma peça, que outrora foi escrita,
chegue hoje às populações mais jovens de modo a que estes saibam e conheçam os
grandes dramaturgos portugueses.
Dou também os parabéns aos atores pelo
notório e impressionante trabalho, bem como pelo profissionalismo para com o
público.
Graças a eles, esta peça chegou até nós e abriu-nos
portas a outras representações Vicentinas, entre outros, bem como alargou a
nossa "veia artística".
A surpresa, o riso, o "suspense" e
o mistério são exemplos de um misto de emoções transmitidos por Gil Vicente e
que merecem continuar a ser transmitidos para que o que é "Bom
Português", não se perca num véu de esquecimento.
Mª Inês
Pimenta
Nº19
10ºA
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