A 1 de novembro é comemorado o Dia
Mundial do Veganismo (“World Vegan Day”), instituído em 1994 por Louise Wallis,
presidente da “Vegan Society” do Reino Unido, o qual tem como principal
finalidade alertar a população para a exploração e para o abuso dos animais,
salientando a importância do consumo de produtos que não sejam de origem
animal.
Para celebrar este dia podes
experimentar um prato vegano!
O que é o Veganismo?
Segundo a “Vegan Society”, “O veganismo é
uma forma de viver que busca excluir, na medida do possível e do praticável,
todas as formas de exploração e de crueldade contra animais, seja para a
alimentação, para o vestuário ou para qualquer outra finalidade.“, ou seja, o
veganismo é um estilo de vida e uma prática de abstinência do consumo e uso de
quaisquer produtos de origem animal, incluindo alimentos, têxteis (ex.: peles,
couro, lã), cosméticos, entre outros. Um vegano também recusa apoiar eventos
que envolvam exploração animal, tais como touradas, circos, corridas de cães ou
de cavalos.
Diferença entre vegano e vegetariano
Primeiramente, ser vegano é um dos tipos
de vegetarianismo. Ser vegetariano varia entre:
·
Ovolactovegetariano: não consome carnes,
mas ingere ovos, leite e derivados;
·
Ovovegetariano: não consome carnes,
leite e derivados, só come ovos;
·
Lactovegetariano: não ingere carnes e
ovos, mas consome leite e derivados;
·
Vegetariano estrito: não come nenhum
alimento de origem animal;
· Vegano: semelhante ao vegetariano
estrito, mas também não usa qualquer produto que tenha origem ou tenha sido
testado em animais.
Dieta vegana
A dieta vegana é rica em leguminosas,
vegetais, cereais e frutas, incluindo:
- Arroz,
aveia, milho quinoa, etc;
- Leguminosas:
feijão, grão-de-bico, soja, lentilha, ervilha, etc;
- Tubérculos,
raízes e bulbos: batata inglesa, batata-doce, mandioca, inhame, beterraba,
cenoura, cebola, alho, etc;
- Frutas:
manga, laranja, limão, abacate, banana, tangerina, uvas, morangos, framboesas,
mirtilos, maçã, pera, etc;
- Vegetais:
pimento, repolho, salsa, couve, tomate, pepino, brócolos, chuchu,
espinafres, alface, etc;
- Sementes:
chia, linhaça, de abóbora, de girassol, etc;
- Oleaginosas:
castanhas, amêndoas, nozes, avelãs, etc;
- Derivados
de soja: tofu, proteína de soja, miso, seitan, etc;
- Outros:
leites vegetais, azeite de oliva, óleo de coco, agave etc.
Por outro lado, deve-se evitar alimentos de origem
animal, tais como:
- Carne,
ovos, peixe e frutos do mar;
- Leite e
derivados: queijos, iogurte, manteiga, etc;
- Embutidos:
salsicha, linguiça, presunto, mortadela, peito de peru, salame, etc;
- Gorduras
de origem animal: manteiga, banha, etc;
- Mel;
- Fermentos
com organismos vivos (exemplo: fermento fresco de padeiro);
- Gelatina
e produtos feitos com colágeno.
Neste tipo de dieta pode haver
deficiência de alguns nutrientes encontrados em maior quantidade nos alimentos
de origem animal, como a vitamina B12, a vitamina D, o cálcio e as proteínas de
alta qualidade, sendo essencial ter o acompanhamento de um nutricionista para
que seja feito um plano alimentar que atenda a todas as necessidades
nutricionais do indivíduo. Em alguns casos pode ser preciso recorrer a
suplementos.
Como saber se um produto é vegano?
Antes de adquirir um produto é preciso
conhecer a sua composição, geralmente, as marcas disponibilizam os ingredientes
utilizados em cada item, além de especificações ou símbolos que evidenciam para
o consumidor se o artigo é ou não vegano.
O blogue “Raposa
Herbívora” compilou um conjunto de listas cruelty-free de produtos
de: cuidados da pele (banho, rosto, pós-tatuagem, etc), cabelo,
maquilhagem, desodorizantes, higiene oral, protetores solares, cuidados íntimos
(produtos para a menstruação, depilação, contraceptivos, lubrificantes, etc),
perfumes, óleos essenciais, aromaterapia, repelentes, limpeza doméstica, entre
outros, disponíveis no seguinte link
https://www.raposaherbivora.pt/p/lista-de-marcas-cruelty-free.html
As marcas presentes nas listas do link
podem ser adquiridas em Portugal, tanto em lojas físicas como online (nacionais
e internacionais), sendo que todas elas têm opções veganas,
salientando-se ainda que marcas 100% veganas encontram-se devidamente
assinaladas.
Vantagens de ser vegano
Harish Sethu, professor na Universidade
de Drexel (EUA), realizou uma pesquisa que revelou que cada vegetariano
pode evitar por ano a morte de até 582 animais. Além do mais, um estudo
efetuado na Universidade de Oxford concluiu que não ingerir carne animal e
produtos lácteos reduz a pegada de carbono de um indivíduo em até 73%, logo
contribui para um ambiente mais sustentável.
Ser vegano também promove a saúde, visto
que auxilia na prevenção de certas doenças, nomeadamente, pressão alta, cancro
e obesidade.
Sabemos que não conseguimos eliminar
totalmente a nossa contribuição para o sofrimento animal dada a complexidade da
sociedade moderna e a forma como a exploração dos mesmos está enraizada em
quase todos os setores de atividade, porém, somos capazes de evitar uma grande
parte, uma vez que com pequenos passos dá para alcançar grandes mudanças
futuras de forma simples e prática.
Junta-te ao movimento!
Como começar?
·
Transformar receitas tradicionais em
opções veganas (exemplo: substituir os ovos em sobremesas por banana madura);
·
Adquirir em supermercados ou lojas
naturais produtos veganos: salsichas de soja, iogurtes de soja, leite vegetal,
hambúrguer de grão-de-bico, etc;
·
Investir em marcas que não testam em
animais (cruelty-free);
·
Optar por pratos plant-based em
restaurantes;
·
Adotar o “Segunda-feira sem carne"
(programa mundial que incentiva o não consumo de proteína animal às segundas-feiras).
A “foodblogger” Ana Sofia
(@anasofia_rosado no Instagram) é a minha grande inspiração para dicas e
receitas deliciosas dentro do mundo do veganismo, sendo uma página perfeita
para quem quer iniciar a sua jornada neste estilo de vida e não sabe por onde
começar!
Deixo ainda como sugestão um dos meus
restaurantes favoritos, “Honest Greens” em Lisboa, repleto dos
melhores pratos plant-based, vegetarianos e muito mais.
Mariana Fonseca, 12B
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