terça-feira, 9 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºA 23

Deambulando para a escola



Saio de casa, com o passo tardio, sereno e vagaroso

E para a escola, como sempre, abalei

Fui para a passadeira onde contemplei,

A sexta-feira de ar agitado e desastroso!

 

Aqui, paralisa um carro a meio,

Este ignorou-me como se fosse oculto,

Mas compreendo que, no meio de tanto tumulto,

Se consiga esquecer do freio.

 

Observo a estrondosamente lenta multidão,

Alguns, atrasados para a escola como eu,

Há muito que a pressa se dissolveu

Entre toda esta ruidosa lentidão.

 

Vejo em cima, o mercado,

Neste dia, sempre abarrotado; incondicionalmente

E o resto da semana desocupado; indevidamente.

No meu caminho, de carros estou cercado!

 

E por aí me imagino,

O mercado e a feira desabam,

Aparecem muralhas que não acabam

E passam soldados por um perigoso destino.

 

Cansados com as suas armaduras,

Caminham! Desde as Astúrias!

Para tirar da península: injúrias!

E contra os mouros lutar sem censuras.

 

Regresso, pela escola adentro,

Entro na minha sala, furtivo, confiante e discreto.

O meu atraso é secreto,

Mas aí, nos estudos, me concentro.

Rodrigo Araújo, N.º23, 12.ºA

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