quinta-feira, 11 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºA 25

Sobreviver!



Subindo a rua, ainda paira a escuridão

Já o dia começou

E ainda o galo não cantou

Vão crianças, adolescentes, vai a multidão.

 

Veem-se as sacas de pão

Nas portas de quem não trabalha, não!

Já tiveram dura vida

Os velhos trabalhadores sem medida

 

Bem próximo, ouvem-se os trovões

Que me trazem desilusões

Em sinfonia com o galo que desperta

E a tempestade que aperta

 

Passam os autocarros, que trabalhadores trazem

E estudantes levam

Que ignorância desfazem

E sabedoria elevam!

 

Lá no fundo, no café…

Aparecem os ociosos e relaxados

Que me tiram a alegria e a fé

Por serem tão desleixados…

 

Na labuta da triste madrugada,

Vêm os motoristas apressados,

Numa corrida parada

Que os deixa hipnotizados.

 

Já mais tarde, desfilam os doutores,

Que a miséria não toca nem atormenta

Mas a mim me molestam os mesmo fatores

Que o povo pensa e comenta!

 

Sobreviver! Ecoa nesta rua, no mundo!

Esta realidade triste e crua

Te faz desejar que a maldade se destrua

que se alivie este peso profundo…

Sofia Freire, N.º 25, 12.ºA

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