quinta-feira, 4 de maio de 2023

Deambulando - 12.ºB 19

Deambulando pelas Pedreiras



Na minha terra pequena, mas de grande coração

Para além do verde com que está coberta

E a tranquilidade que isso em mim desperta,

Não há muito que cause atração.

 

Quando pela minha antiga escola passo,

Ouço os gritos das crianças a brincar

Que me lembram dos tempos que não vão voltar

E nas minhas memórias rapidamente colapso.

 

Avisto o café sempre cheio de gente

Durante o dia pelos idosos despreocupados,

E à noite pelos que retornam do trabalho cansados

E que procuram libertar-se da vida exigente.

 

Se o cheiro a pão pelo nariz me entrar

Lembro-me logo que estou perto do moinho,

E com sorte sou capaz de receber um bocadinho

Deste pitéu que me deixa a salivar.

 

Ao longe ouço os sinos a tocar acentuados,

Que não se atrasam nenhum segundo

Nem mesmo se fosse o fim do mundo,

Um barulho a que todos estão acostumados.

 

Mas no fundo faz-me lembrar o espaço

Esta terra tão vazia e aborrecida

Que me faz sentir tão solitário graças à sua falta de vida

E sou consumido pelo desejo de ter um simples abraço.

 

Tomás Esteves , N.º 19 , 12.ºB

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