Celebrou-se no passado dia 1 de novembro, em
honra de todos os santos e mártires. o Dia de Todos os Santos. Este dia é
considerado uma festa, celebrada pelos crentes de várias igrejas da religião
cristã. A Igreja Ortodoxa celebra no primeiro domingo depois do Pentecostes,
fechando a época litúrgica da Páscoa, tal como a Igreja Católica Oriental. A
Igreja Anglicana também celebra o dia de Todos os Santos com o mesmo
significado que nas Igrejas Católica e Ortodoxa. Na Igreja Luterana, o dia é
celebrado principalmente para lembrar que todas as pessoas batizadas são Santas
e também as que faleceram durante o ano. Na igreja cristã ocidental, a
celebração litúrgica começa na noite de 31 de outubro (Véspera do Dia de Todos
os Santos), e termina no final do Dia de Todos os Santos, dia 1 de novembro.
Inicialmente a comemoração regular começou em
13 de maio de 609 ou 610, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão (o templo
romano em honra a todos os deuses) a Maria e a todos os mártires.
A data foi mudada para novembro quando o Papa
Gregório III dedicou uma capela em Roma a Todos os Santos e ordenou que eles
fossem homenageados no 1.° dia de novembro. Tudo indica que a mudança se deveu
ao facto de se comemorar um feriado idêntico na mesma data, na Inglaterra. Perante
isto. é possível que a comemoração britânica medieval do Dia de Todos os Santos
tenha sido o ponto de partida para a popularização dessa festividade em toda a
Igreja cristã.
Antigamente todas as pessoas iam pedir o “Pão por Deus” porque
havia muita pobreza e havia mesmo necessidade de pedir. Normalmente as pessoas
punham as mesas com o que tinham em casa (comida e bebida) e, quando chegavam
os pobres, entravam e comiam à vontade e à saída ainda lhes davam mais alguma
coisa.
Nos Açores era
costume colocar o primeiro pão da fornada à porta para quem passa-se e tivesse
fome levar.
É também costume em algumas regiões, os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro.
Em
algumas povoações da zona centro e estremadura chama-se a este dia o ‘Dia dos
Bolinhos’ ou ‘Dia do Bolinho’. Estes bolinhos são
especialmente confeccionados para este dia, sendo à base de farinha e erva -doce
com mel (noutros locais leva batata doce e abóbora) e frutos secos como passas
e nozes.
Em Portugal,
ainda se mantêm a tradição de, no dia de Todos os Santos, as crianças saírem à
rua em pequenos grupos para pedir o ‘Pão por Deus’ de porta em porta: recitam
versos e recebem como oferenda pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes,
amêndoas ou castanha, assim como doces e rebuçados, que colocam dentro dos seus
sacos de pano; nalgumas aldeias chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.
Em algumas
regiões do país conserva-se a tradição de os adultos terem mesa posta com iguarias
da época e andarem de casa em casa a petiscar e conviver.
A progressiva implementação do Halloween em Portugal é uma ameaça à continuidade do “Pão-por-Deus” pois vem substituir as tradicionais manifestações das tradições portuguesas que importa preservar pois fazem parte da nossa cultura.
Este ano
atípico, também afetou a comemoração e tradição do dia Todos os Santos, como
todas as tradições e festividades desde o inicio da pandemia provocada pelo
covid-19.
De modo que, as
crianças ficaram em casa, não indo pedir o “Pão por Deus” e a maioria das
famílias não se visitaram ou juntaram nas tradicionais partilhas.
As famílias
tentaram festejar o dia com mais contenção e adaptando às condições possíveis
com pequenas oferendas dentro da própria casa.
Estas
condicionantes provocadas pela pandemia tem exasperado muitas mudanças no
quotidiano das pessoas afetando principalmente a parte social, o, que é ainda
mais notório em dia de festas, comemorações ou tradições.
Beatriz, 11.º A
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