segunda-feira, 3 de abril de 2023

Deambulando - 12.ºA 3

Deambulação pela Ribeira…

Vida Dorida



Nove e meia, o folgar do dia encandeia


Arrastam-se-me os pés

À janela, gente adjacente deveria trabalhar, ao invés

Que ousadia tão feia, míngua vergonha alheia.

 

Nas pastagens, dança o orvalho,

Gélidas, irrigadas de encanto

O ofício leva ao canto

“Tens frio, filha! Veste um agasalho!”

 

Sobe, lentamente, o farol

A calçada começa a amornar,

Que bem que se vai neste andar,

A caminho, escuto um rouxinol.

 

Passo por rostos encanecidos

Para estes, a vida não facilitou,

Para estes, a vida já andou,

Memórias é tudo o que resta nestes corpos doridos.

 

Agora, o degradê desponta no céu

Um ambiente cinza escuro é sentido

E as máquinas andantes fazem grande alarido

Quando dou por mim, arrefeceu.

 

Preto; Apenas ao longe, lustres!

São os crescidos que ficam

Tremoços e pevides é o que eles trincam

Falam e gesticulam como ilustres.

 

Ana Fiel, N.º3, 12.ºA 


Sem comentários:

Enviar um comentário