quarta-feira, 12 de abril de 2023

Deambulando - 12.ºB 7

Deambulando pelas minhas ruas





Nas nossas ruas, ao amanhecer

esmaga um calor eterno,

este ambiente, de raiva e inveja, em que estou a viver

não parece longe do inferno.

 

Ao fundo, cheirando a superioridade,

Juntam-se nas suas negras, contraditórias

e invejosas roupas, as velhas, sem diversidade,

julgando quem passa, não passa ou ate elas próprias.

 

Tocam os sinos, hora da missa,

e aí vão elas em passo calmo e elegante

perdoar os pecados com toda a justiça

para os irem cometer num instante.

 

Nesta obra, de martelo quente na mão

queima, impiedosamente, o sol e custosamente

um pedreiro trabalha sem opção

ganhando menos que toda a gente.

 

No fresco, esconde-se o patrão

ocorre-me apenas um país,


pois com uma revista de destinos na mão,

no Dubai estará. Feliz!

 

De longe, num jardim, avisto um cravo!

Os soldados de outrora regressam

para erguer outra vez deste entravo

este Portugal não tem salvação.

 

Diogo Cinturão, N.º 7, 12.ºB

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