sexta-feira, 28 de abril de 2023

Deambulando - 12.ºB 15

No fim do mundo

 

Aqui , nos Casais do Chão ,

ou no fim do mundo

tem andado perdido um cão

por volta dos 60 cm e com um tom profundo.

 

Ao fundo , ouço um feliz café !

Os pratos batem , os sorrisos chamam por mim.

Os pensamentos apoderam-se da cabeça ao pé ,

a feliz, trabalhadora, corajosa dona, passa o dia assim.

 

O céu escurece e o mundo ilumina.

O pequeno amigo retorna,  perdido.

Planta-se em mim um pensamento que fascina.

Intriga-me! Aquele olhar puro, inocente, incompreendido.

 

As ruas invisíveis atraem , prendem.

E um som tranquilo ecoa no ar

como uma quimera, persuadem

e encontro-me a cismar, debaixo do luar.

 

Porém, as ruas visíveis brilham, libertam.

A luz cega-me como a do sol

e os sons mecânicos perturbam,

tormenta o meu ser, quero o meu lençol.

 

Calmo e sereno, desperto do sono,

os pássaros na rua a chilrear.

As velhinhas vigiam, o desordeiro outono.

Até no fim do mundo conseguimos fofocar

João Martins, N.º 15, 12.ºB 

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