sábado, 1 de abril de 2023

Deambulando - 12.ºA 2



Sete horas da manhã.

O galo canta,

A cidade levanta,

E só esperamos pelo amanhã.

 


Já é de dia. O sol radiante,

Ao longe uma vista alucinante,

Com o autocarro a chegar,

E a sua buzina a funcionar.

 

Ouvem-se os gritos ao fundo,

Parece que vão conquistar o mundo!


Alunos, professores, auxiliares, todos empolgados,

Decerto não estão ali obrigados.

 

A escola é como uma gaiola,

Mas as aulas são como acordes tocados na viola,

Têm tanto, mas tanto efeito,

Que parece um som imperfeito.

 

E chego à aldeia. As ruas estão vazias.

Apenas vemos as pobres cabras a pastar,

Sem uma única companhia,

Com a missão dos terrenos limpar.

 

Os carros na rua a acelerar,

As árvores ao som do vento a dançar.

Ao caminhar, ao perto vejo, quando passo,

Uma mulher a perguntar o que raio ali faço!

 

Chego a casa, já anoitece,

E a realização dos trabalhos me entristece.

Tudo me cansa, acendem-se na rua os candeeiros,

Enquanto caem fortes e pesados aguaceiros.


Mais tarde, cheira-se o jantar,

Está claramente saboroso,

Que deixa a minha boca a salivar,

Por fim, digo á minha mãe que está maravilhoso.

 

Chegou a hora! A cama nos aguarda,

O lençol nos resguarda,

Declaramos a nossa despedida,

Pois amanhã é um novo dia.

 

Afonso Vieira, N.º2, 12.ºA


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