quinta-feira, 20 de abril de 2023

Deambulando - 12.ºB 11

Deambulando pela minha terra

Quando a campainha toca

Quando as portas se abrem

Não são só as crianças que saem

Lá, onde a velhice se foca

 

O vaivém inquietante

Das pessoas, as casas do que esta minha terra fora outrora

Os que cá ficaram parece que regrediram uma hora

Os novos vieram com um pensamento impactante

 

Ao fundo avisto o recreio dos velhos tempos

Sobre o qual as aves pairam

Levando me até à minha infância que tantos admiraram

Na qual caem os meus mais profundos alentos

 

Os trabalhadores escuros, as velhinhas sussurrantes

Preenchem este caminho deambulante

O cheio das maquinhas, juntamente com o pó agonizante

Enquanto as mulheres falam sobre assuntos pouco relevantes

 

As luzes acesas, as portas abertas

O cheiro perfumado e doce a morcela

Na minha mente, nenhuma se compara a ela

E eu sei que não se espera uma realidade reta                                                                                                                                              

Hugo Rebelo, N.º 11, 12.ºB

Sem comentários:

Enviar um comentário