Deambulando pelo Juncal
Segunda-feira,
amanhece tranquilamente
O
sol brilha, ainda fraco e frio
Subo
a rua da escola, vagarosamente,
A
agitação aproxima-se preenchendo o vazio.
A
fila de carros diminui e aumenta
Como
uma lagarta que se movimenta
Vejo
as crianças que saem daquele animal
Levadas
por uma pressa sem igual.
Mergulho
naquela confusão
Percorro
cidades, países, mundos de ilusão!
Onde
o enérgico sol passeia
Para
vivermos mais uma grande odisseia.
Os
risos ecoam no ar,
Enquanto
a porta escolar bete repetidamente
As
crianças desaparecem para mais um dia a brincar,
O
tempo passa e o silêncio volta pacificamente.
Saio.
Subo as escadas rugosas.
Passam
as comadres mesquinhas e impetuosas
Com
açucenas, gerberas, camélias e jasmim
Para
que o cheiro da Igreja se envolva em mim.
À
medida que as comadres se perdem no falatório
Atrás
paira um silêncio notório
Assim
como o mar profundo
Em
que apenas reina o submundo.
De repente, sou apanhada por um
labirinto
Os
diferentes caminhos que aumentam a dúvida
Mas
a premonição obscura desminto,
Moribunda vila! Quem salvará esta vida?!
Francisca
Fortes, N.º 10, 12.ºA
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