Deambulando pela minha terra
Pela manhã ouço a minha mãe chamar
E acabo por acordar,
Corro para a mesa comer,
Para mais um dia viver!
Saio de casa,
Na rua está uma brasa
Vejo o fumo da padaria
E as pessoas numa correria
Pela rua eu vou
Deambulando sem rumo,
Pensando em mim e em quem sou
E em todo mundo.
Passo no café, onde fumam e bebem
Como se tudo estivesse bem.
Raspam mais umas raspadinhas
Para ganharem umas notinhas.
Ali, no Centro de Saúde, estão os velhos
Cheios de dores nos joelhos.
Tristes e dolorosos esperam o doutor
Cobertas as pernas com um cobertor.
Lá no fundo, na escola, estão as crianças
A correrem, a saltarem e a gritarem
Andam nas suas andanças
Continuo a minha viagem
Num dia de outono
Os pássaros na paisagem
E a lagoa ao abandono.
No brilho da natureza,
Nesta lagoa me vejo
Como num espelho de desejo,
Fico maravilhada com tanta beleza.
E é assim que sou feliz,
Na minha terra de que gosto tanto
É aqui que tudo fiz.
Para ter uma vida de encanto.
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