Sete horas da manhã.
O
galo canta,
A
cidade levanta,
E
só esperamos pelo amanhã.
Já é de dia. O sol radiante,
Ao
longe uma vista alucinante,
Com
o autocarro a chegar,
E
a sua buzina a funcionar.
Ouvem-se
os gritos ao fundo,
Parece
que vão conquistar o mundo!
Alunos, professores, auxiliares, todos
empolgados,
Decerto
não estão ali obrigados.
A
escola é como uma gaiola,
Mas
as aulas são como acordes tocados na viola,
Têm
tanto, mas tanto efeito,
Que
parece um som imperfeito.
E
chego à aldeia. As ruas estão vazias.
Apenas
vemos as pobres cabras a pastar,
Sem
uma única companhia,
Com
a missão dos terrenos limpar.
Os
carros na rua a acelerar,
As
árvores ao som do vento a dançar.
Ao
caminhar, ao perto vejo, quando passo,
Uma
mulher a perguntar o que raio ali faço!
Chego
a casa, já anoitece,
E
a realização dos trabalhos me entristece.
Tudo
me cansa, acendem-se na rua os candeeiros,
Enquanto caem fortes e pesados aguaceiros.
Mais
tarde, cheira-se o jantar,
Está
claramente saboroso,
Que
deixa a minha boca a salivar,
Por
fim, digo á minha mãe que está maravilhoso.
Chegou
a hora! A cama nos aguarda,
O
lençol nos resguarda,
Declaramos
a nossa despedida,
Pois
amanhã é um novo dia.
Afonso
Vieira, N.º2, 12.ºA
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