Deambulação
pela Ribeira…
Vida Dorida
Nove e meia,
o folgar do dia encandeia
Arrastam-se-me
os pés
À janela,
gente adjacente deveria trabalhar, ao invés
Que ousadia
tão feia, míngua vergonha alheia.
Nas
pastagens, dança o orvalho,
Gélidas,
irrigadas de encanto
O ofício leva ao canto
“Tens frio,
filha! Veste um agasalho!”
Sobe,
lentamente, o farol
A calçada
começa a amornar,
Que bem que
se vai neste andar,
A caminho, escuto um rouxinol.
Passo por
rostos encanecidos
Para estes, a
vida não facilitou,
Para estes, a
vida já andou,
Memórias é
tudo o que resta nestes corpos doridos.
Agora, o
degradê desponta no céu
Um ambiente
cinza escuro é sentido
E as máquinas
andantes fazem grande alarido
Quando dou
por mim, arrefeceu.
Preto; Apenas
ao longe, lustres!
São os
crescidos que ficam
Tremoços e
pevides é o que eles trincam
Falam e
gesticulam como ilustres.
Ana Fiel, N.º3, 12.ºA
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