Deambulando pelas minhas ruas
Nas nossas ruas, ao amanhecer
esmaga um calor eterno,
este ambiente, de raiva e inveja, em que estou
a viver
não parece longe do inferno.
Ao fundo, cheirando a superioridade,
Juntam-se nas suas negras, contraditórias
e invejosas roupas, as velhas, sem
diversidade,
julgando quem passa, não passa ou ate elas
próprias.
Tocam os sinos, hora da missa,
e aí vão elas em passo calmo e elegante
perdoar os pecados com toda a justiça
para os irem cometer num instante.
Nesta obra, de martelo quente na mão
queima, impiedosamente, o sol e custosamente
um pedreiro trabalha sem opção
ganhando menos que toda a gente.
No fresco, esconde-se o patrão
ocorre-me apenas um país,
pois com uma revista de destinos na mão,
no Dubai estará. Feliz!
De longe, num jardim, avisto um cravo!
Os soldados de outrora regressam
para erguer outra vez deste entravo
este Portugal
não tem salvação.
Diogo
Cinturão, N.º 7, 12.ºB
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