Deambulando pela minha terra
As folhas voam,
os pássaros cantam
E ao caminhar vejo a dança
de uma menina com a sua trança,
que tão criança parece nem reparar.
Como repararia? Como repararia no olhar da sua mãe
que leva além
as preocupações do dia,
Mas ainda com a alegria
que a vida tem.
Ainda é cedo! O pão sai morno
Mas o padeiro, já o colocava no forno
durante a madrugada.
Enquanto os patrões ainda tinham a cara amassada
nas suas colchas almofadadas.
Começa a chover!
Os chapéus saem das malas,
mas perante duas senhoras idosas
ninguém se incomoda em ajudar
quase escorregando nas calçadas.
O tempo avança. A chuva ainda cai.
Ao passar cheiro a terra molhada,
antes lavrada,
pelo velho senhor que antes do sol nascer
já se estava a mexer.
Se perante a verdade
nos enganamos a transformar a aldeia em cidade
Manifestando a necessidade
E a falta de amizade.
Viramos para cima, vemos o céu
É tal e qual um véu
Que não deixa reparar,
Perdendo o olhar,
De quem está a trabalhar.
Júlia Cruz, N.º 13, 12.ºA
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