Deambulando pela minha terra
A tarde é calma, tranquila
Não há carros a apitar nem crianças a gritar
A confusão e a correria ficaram na vila
Que o autocarro para trás deixou sem hesitar.
É ao passar por todos
Aqueles que Deus para um lugar melhor levou
Que me lembro de todos os desgraçados
E das lágrimas que cada um chorou.
Subo o resto da serra e é aqui
Que encontro o pobre e solitário moinho
Recordando-me de todos aqueles que,
Partiram para sozinhos fazerem o seu caminho.
É deste lugar que avisto todos
Os que neste fim do mundo vivem:
Às janelas estão as viúvas, nos cafés os bêbados
E a retomar a casa os que nos grandes carros se locomovem.
Ouço o vento a bater nos arvoredos
E percebo que tudo é passageiro
Não vale a pena manter segredos
Porque nesta terra até se conhece a vida do estrangeiro.
À noite tudo descansa
E é aí que penso,
Relembrando-me da criança
Que era e deixo o
futuro em suspenso.
Beatriz Marques, 12.ºB, N.º 2
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