O vale da Serra
Nesta
aldeia envelhecida,
Os
antigos vão e os novos ficam,
Passa-se
uma vida, passa-se um tempo e um pensamento,
Atravessa-se
a luz e tudo se envolve numa escuridão.
Na
noite fria e neblina,
O
vento bate tempestuosamente nas árvores e nos arvoredos,
Enalteço
o passado glorioso do nosso povo português que naufragou,
Levando
corajosos, guerreiros, trabalhadores.
Vejo-me
a pensar no além, o céu melancólico, as estrelas, o infinito,
Talvez
seja um universo paralelo,
Um
lugar live, um lugar por descobrir.
Na
única estrada possível, não se vê ninguém na rua,
Exceto
os animais: as cabras, as vacas, as ovelhas, os pássaros,
Que
se ouvem ao longe.
Quanto
mais ando, mais reflito sobre os animais e reconheço que nós somos os mais
irracionais.
Ao
longo do passeio,
Via-se
um simples carreiro de postes iluminados,
Projetando
ao longe a sua sombra para uma mera flor,
Transportando-me
rapidamente para as mesquinhices maldosas das pessoas.
A
escuridão caiu,
O
nevoeiro desapareceu,
O
galo começa a cantar,
É
hora de acordar!
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